Saúde

Após denúncia de descaso, OAB faz visita no Hospital Estadual de Santana





 

No hospital, existe uma sala repleta de leitos, macas e colchões, mas as enfermarias encontram-se lotadas de crianças, que esperam por atendimentos em bancos e corredores.

 

Nesta semana, o Hospital Estadual de Santana, único do município, recebeu uma visita da Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para verificar a situação do local após receber denúncia de descaso. Na denúncia, a mãe de uma criança alertou sobre a situação crítica do local e a falta de itens básicos como medicamentos e leitos na pediatria. Após constatar a situação, a Comissão de Saúde da OAB irá produzir um relatório com os relatos de mães de crianças para cobrar soluções.

Responsáveis pelas crianças reclamam da falta de acomodações, remédios, estrutura do local. No hospital, existe uma sala de repleta de leitos, macas e colchões, mas as enfermarias encontram-se lotadas de crianças, que esperam por atendimentos em bancos e corredores. Além disso, o custo financeiro para remédios e exames não oferecidos dentro do hospital, como o raio-x, por exemplo.

"Minha filha está com pneumonia e tive que ir 'bater' o raio-x fora e a gente não tem condições de estar batendo no particular. Não nos falam nada se retornar, apenas nos dão o pedido e dizem que aqui não está funcionando", criticou Esmelindra Xavier, de 36 anos, mãe de Maria Elis, que sofre de pneumonia. Ela está há 10 dias no hospital.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) anunciou, após a visita da Comissão, a entrega de 19 camas e 20 poltronas hospitalares, além de 60 cadeiras de rodas, cinco carros de emergência, quatro macas para banho, entre outros. Sobre o aparelho, a Sesa explicou que existe um raio-x novo e instalado no hospital de Santana, mas por falta de um equipamento os exames não podem ser ofertados para o público que necessita.

Além disso, a secretaria informou que sobre a lotação dentro do hospital, a maior parte das crianças está em observação, e não internada. Reforçou, ainda, que a maior parte dos pacientes poderiam ser atendido na atenção primária, como nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

"O que falta para a gente aqui no estado é falta de estrutura. Porque os profissionais são empenhados em trabalhar, em ajudar. Eles fazem o trabalho bem, mas não têm condições de fazer um trabalho melhor. Os enfermeiros, técnicos e médicos são muito atenciosos", desabafou Heraldo Gomes da Costa, que está no hospital com a filha de seis anos.

Da Redação