Polícia

Jovem baleado por engano por policial morre no hospital





 (Foto: Rita Torrinha)

A vítima estava em estado grave na UTI após ser atingido por três tiros nas costas por um policial que se matou em seguida. Além dele, outro jovem também foi alvejado e morreu no local do crime.

 

Após cinco dias internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas Alberto Lima (HCAL), morre Ricardo Brito de Oliveira, de 21 anos. Ele foi atingido por três tiros nas costas por um policial civil na última sexta-feira (6), após ser confundido com um assaltante. O caso aconteceu no bairro Jesus de Nazaré, em Macapá.

Ricardo teria passado por procedimento cirúrgico e acabou perdendo um rim. Entretanto, seu estado de saúde era considerado grave pela equipe médica. Familiares de “Ricardinho”, como era conhecido, fizeram campanhas para conseguir bolsas de sangue em prol dele.

Além dele, um outro jovem identificado como Ronald Willian de Oliveira, de 21 anos, também foi alvejado pelos disparos de arma de fogo efetuados pelo policial civil Jorge Henrique Banha. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local do crime antes de receber atendimento médico.

Entenda o caso

Por volta de 20h da última sexta-feira, Ricardo e Ronald teriam sido alvejados após serem confundidos com assaltantes em uma distribuidora de bebidas. A dona do estabelecimento chegou a ser atingida pelos disparos, mas foi atendida e não corre risco de morte.

Segundo a polícia, o agente chegou ao mercantil e viu que a dona do estabelecimento estava com dois jovens no interior do local e estranhou o fato por saber que ela atendia seus clientes com o portão de grade fechado. Ele teria então efetuado os disparos. Ao menos 10 tiros foram efetuados.

Após perceber que se tratava de um engano, Jorge atirou contra a própria cabeça. Ele chegou a ser levado para o Hospital de Emergências (HE), mas morreu momentos depois. De acordo com a Delegacia Especializada em Investigação de Atos Infracionais (Deiai), o policial civil atuava há 25 anos na corporação e era colega de trabalho do pai de Ricardo.

Em entrevista ao portal de notícias G1 Amapá, a mãe de Ricardo relatou que presenciou a tragédia. Ela aguardava os jovens dentro do veículo quando escutou os tiros no estabelecimento. Ainda em depoimento, a mãe disse que mais um primo dele estava no banco de trás, mas nem ele e a mãe foram atingidos pelos disparos de arma de fogo. De acordo com a polícia, havia marcas de tiros no veículo.

Redação