O Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) comunicou que a categoria entrará em greve a partir de quarta-feira (04). A decisão ocorreu durante votação em assembleia geral ocorrida na quarta-feira (28). Segundo o sindicato, mais de mil profissionais foram a favor da deflagração da greve. A greve se concentrará na Praça da Bandeira, a partir das 8h.
No comunicado enviado ao Executivo informando a deflagração da greve, o sindicato frisa que o ato é em razão da ausência da mesa de negociação, do acumulo dos 4 anos sem reposição salarial, mais de 60,75% de defasagem salarial, além da falta de reformas e ampliações das Unidades Escolares do Estado do Amapá.
Na segunda-feira (26), o Governo do Estado do Amapá (GEA) anunciou um reajuste salarial de 2,8% a ser pago a partir do mês de abril, além de um aumento de 20% nas gratificações. As medidas serão incorporadas aos vencimentos básicos de todos os profissionais da educação. Além disso, a gestão ressaltou que mais de mil trabalhadores que não recebiam os benefícios serão alcançados com a medida.
No entanto, o aumento não agradou os profissionais da Educação que realizaram dois dias de paralisação contra a proposta, onde analisaram os rumos a serem tomados pelos profissionais. No primeiro dia (27), a assembleia aconteceu na Praça da Bandeira e depois foi para frente do Palácio do Setentrião, onde profissionais solicitaram conversar com o gestor do Estado. No segundo dia (28), a assembleia seguiu para a Escola Estadual Azevedo Picanço, onde foi decidido a greve.
De acordo com o Sinsepeap, o piso salarial da classe não sofre reajuste desde 2015 e a proposta dada pelo GEA não cobre índices estabelecidos pela portaria do Ministério da Educação (MEC) e pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA).
João Aguiar, que faz parte do movimento dos professores, diz que a perda salarial é de mais de 60%. “A perda do nosso piso salarial é 60,75%, e esse reajuste de 2,8% não cobre nem o IPCA desses quatro anos que foram quase 29%, ou seja, só do IPCA nós estamos tendo uma perda de quase 30%”.
Além do reajuste salarial, gratificações e benefícios, os profissionais exigem também segurança nas escolas.
Planejamento
Segundo informações do Portal de Notícias do governo, a Secretária de Educação, Suelem Amoras, afirmou que o reajuste é uma vitória em meio à crise econômica.
Ela lembrou ainda que, em 2015, o governador Waldez Góes recriou a Regência de Classe para os professores e também instituiu as gratificações GPAE e GSPD para alcançar todos os profissionais do Grupo Magistério.
Redação