As bolsas ao redor do mundo se recuperaram nesta sexta-feira (11), enquanto o dólar registrou perdas, após uma nova escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Os investidores também repercutiam dados de inflação e de atividade econômica no Brasil.
A moeda norte-americana fechou a sessão em queda de 0,49%, a R$ 5,8698 na venda, porém registrando alta de 0,54% no acumulado da semana.
Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, teve forte alta de 1,05%, a 127.682,40 pontos. Na comparação semanal, a bolsa brasileira apresenta alta de 0,36%.
A China aumentou as tarifas retaliatórias sobre as importações dos EUA de 84% para 125% nesta sexta. No Brasil, investidores também analisam o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 0,56% em março, maior índice para o mês desde 2003.
Os principais índices de Wall Street fecharam com ganhos nesta sexta, à medida que investidores repercutiam o anúncio da China de aumentar as tarifas retaliatórias sobre as importações dos EUA de 84% para 125%.
O Dow encerrou em alta de 1,56%, a 40.212,71 pontos. Já os futuros do S&P 500tinham alta de 1,75%, a 5.363,36, enquanto os futuros do Nasdaq subiam 2,03%, a 16.724,46.
As bolsas europeias viraram para baixo, revertendo ganhos da abertura do pregão desta sexta-feira (11), após nova retaliação da China às tarifas dos EUA.
Em Paris, o CAC 40 caiu 0,30%, para 7.104,80 pontos. Em Madri, o Ibex 35 recuou 0,18%, aos 12.286,00 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, perdeu 0,73%, para 34.027,83 pontos, e o DAX, da Bolsa de Frankfurt, caiu 0,92%, a 20.374,10 pontos.
Na contramão, o FTSE 100, de Londres, subiu 0,64%, aos 7.964,18 pontos, após dados melhores que o esperado da produção industrial britânica em fevereiro. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 1,81%, para 6.520,48 pontos, em movimento de recuperação, segundo analistas. Os números ainda são preliminares.
Na semana, o FTSE 100 perdeu 1,13%; o DAX e o CAC40 caíram 1,30% e 2,34%, respectivamente; FTSE MIB teve baixa de 1,79% e o PSI 20, de 1,74%. O Ibex 35 computou recuo de 1,1% na semana.
As ações de Hong Kong e da China reverteram quedas anteriores nesta sexta e reduziram as perdas da semana, com a recuperação das ações de chips e a potencial compra estatal protegendo contra novas perdas decorrentes da guerra comercial com os EUA.
O índice de Hong Kong, o Hang Seng, saltou 1,1% no fechamento, revertendo uma queda anterior de até 1,2% nas negociações da manhã. O subíndice de tecnologia subiu 1,8%.
Os fabricantes de chips estiveram entre os maiores vencedores, com a Hua Hong Semiconductor subindo um pouco mais de 20% antes de encerrar o dia com um ganho de 14%. A SMIC subiu 6%.
Na China, o Índice Composto de Xangai e o índice blue-chip também reverteram as perdas, subindo 0,5% e 0,4%, respectivamente.
O Índice da Indústria de Semicondutores liderou os ganhos onshore, com um salto de 2,7%.
Apesar dos ganhos, o índice de Hong Kong ainda sofreu uma perda semanal de 8,5%, a maior desde fevereiro de 2018, enquanto o Índice CSI 300registrou a maior queda semanal em quatro meses.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, desacelerou a 0,56% em março, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta.
Esse foi o maior IPCA para um mês de março desde 2003 (0,71%).
Já o IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central (BC) e um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), acelerou 0,4% em fevereiro. Em 12 meses, o crescimento foi de 3,8%.
Em janeiro, o IBC-Br acelerou 0,9%, indicando um resultado mais forte do que o esperado.
O PIB cresceu 3,4% no ano passado, segundo o IBGE. A expectativa entre analistas para este ano é de perda de força da economia.
Fonte: CNN