Foi divulgada neste sábado (29/03), a mensagem do Papa Francisco aos sacerdotes Missionários da Misericórdia por ocasião de sua peregrinação jubilar. O Jubileu dos Missionários da Misericórdia teve início na sexta-feira, 28 de março, e se concluirá no domingo, 30.
Em sua mensagem, o Papa expressa aos Missionários da Misericórdia, "sua gratidão e o seu encorajamento", pelo testemunho do "rosto paterno de Deus, infinitamente grande no amor, que chama todos à conversão e nos renova sempre com o seu perdão".
A conversão e o perdão são as duas formas de carinho com as quais o Senhor enxuga cada lágrima de nossos olhos. São as mãos com as quais a Igreja abraça a nós, pecadores. São os pés com os quais caminhamos em nossa peregrinação terrena.
"Jesus, o Salvador do mundo, abre para nós o caminho que percorremos juntos, seguindo-o com a força do seu Espírito de paz", escreve ainda o Papa.
Francisco os encorajou "em seu ministério de confessores, a estar atentos na escuta, prontos para acolher e constantes no acompanhamento daqueles que desejam renovar suas vidas e retornar ao Senhor. Com a sua misericórdia, Deus nos transforma interiormente, muda o nosso coração: o perdão do Senhor é fonte de esperança, porque sempre podemos contar com Ele, em qualquer situação. Deus se fez homem para revelar ao mundo que Ele nunca nos abandona"!
O Papa conclui a mensagem, desejando "uma peregrinação frutuosa", e pedindo a Maria Imaculada que cuide deles como Mãe de Misericórdia.
- Papa: em tempos de guerra, os cristãos sejam testemunhas críveis da unidade
Um exemplo a ser seguido no caminho do diálogo ecumênico, mostrando a urgência da unidade entre os cristãos enquanto muros de todo tipo são erguidos no mundo. A Sua Beatitude Joan, arcebispo ortodoxo de Tirana, Durres e toda a Albânia, Francisco indica como modelo o seu predecessor, Anastas, que faleceu em Atenas em 25 de janeiro passado e testemunhou um zelo apostólico que “deixou um legado profundo e duradouro na Albânia”, escreve o Papa, particularmente na promoção da “convivência pacífica entre homens e mulheres pertencentes a diferentes Igrejas e tradições religiosas”.
Francisco escreve ao novo primaz ortodoxo, eleito em 16 de março passado, por ocasião da cerimônia de entronização, na qual participou uma delegação vaticana guiada por dom Flavio Pace, secretário do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e composta por pe. Andrea Palmieri, subsecretário do mesmo Dicastério, e pelo mons. Ionuţ Paul Strejac, encarregado de assuntos a.i. da Nunciatura Apostólica. Numa mensagem, entregue por pe. Pace, o Papa assegura a Sua Beatitude Joan suas orações pelo ministério que ele agora está iniciando, dizendo estar certo de seu desejo de "promover o diálogo como meio para superar as divisões" e pela "busca da plena comunhão entre todos os discípulos de Cristo". Nestes “tempos difíceis, marcados pela guerra e pela violência, é ainda mais urgente”, enfatiza Francisco, “que os cristãos deem um testemunho crível de unidade, para que o mundo possa acolher plenamente a mensagem evangélica de solidariedade fraterna e de paz”.
O Papa apela à “responsabilidade de caminhar juntos” para tornar “cada vez mais visível” aquela comunhão que, “embora infelizmente ainda não completa”, todavia “já nos une”. E conclui com a esperança de que, sob a orientação do Primaz Joan, "as relações entre a Igreja da Albânia e a Igreja Católica cresçam ainda mais, buscando novas formas de cooperação fecunda na proclamação do Evangelho, no serviço aos mais necessitados e renovando nosso compromisso de resolver as questões que ainda nos dividem por meio do diálogo da caridade e da verdade".
- O Papa: sejamos testemunhas com fidelidade e compromisso na fé
O Papa Francisco enviou, neste sábado (29/03), uma mensagem aos participantes da peregrinação jubilar da Conferência Episcopal Tcheca presentes em Roma. Após manifestar seu desejo de estar ao lado dos peregrinos, porém impedido pela convalescença, afirma que estaria unido espiritualmente a todos. Em seguida recorda aos peregrinos que o caminho jubilar “é um sinal concreto de seu desejo de renovar a fé, confirmar o vínculo com o Sucessor de Pedro e professar com alegria sua adesão ao Senhor que sempre caminha conosco, nos sustenta em nossas provações e nos chama para sermos testemunhas de sua paz e amor. Ele é fiel às suas promessas, por isso a esperança não engana!”, escreve, citando o início da Bula de Proclamação do Jubileu Spes non confundit.
Ao recordar que o caminho de fé faz parte da rica tradição cristã da República Tcheca, Francisco cita os iluminados testemunhos dos Santos Adalberto, Cirilo, Metódio e muitos outros. “Eles levaram a luz do Evangelho com coragem e paciência, mesmo em lugares onde isso parecia impossível”, e seu exemplo “nos ensina que a missão cristã não se baseia em resultados visíveis, mas na fidelidade a Deus. Nós também somos chamados a anunciar o Evangelho com confiança, sem medo das dificuldades e dos obstáculos”. Reiterando em seguida, “a nossa tarefa é semear e regar com amor e perseverança, sem desanimar.
Francisco escreve ainda que “Deus nos pede que ofereçamos o pouco que somos e temos”, porém devemos cultivar o nosso compromisso na fé: “Se o confiarmos ao Senhor com um coração generoso, explica o Papa, Ele o multiplicará e o fará frutificar de maneiras que nem podemos imaginar. Por esse motivo”, ressalta ainda, “nunca devemos perder a fé. Deus trabalha mesmo quando não vemos os efeitos imediatamente”. Concluindo este ponto, acrescenta ainda: “Aquele que confia em Deus nunca é abandonado, mesmo em tempos de provação, como os de perseguição”.
Por fim, Francisco exorta os peregrinos: “Caminhemos juntos, pastores e povo, nessa bela estrada da fé. Apoiemos uns aos outros e nos tornemos, com nossas vidas, testemunhas de paz e esperança em um mundo que precisa tanto disso, também na Europa. Nossa fé não é apenas para nós, mas é um presente a ser compartilhado com alegria”.
Fonte: Vatican News