Estados Unidos e Ucrânia não assinaram o acordo sobre a exploração das terras raras ucranianas, que estava previsto para esta sexta-feira (28). A decisão ocorreu após uma discussão entre os presidentes Donald Trump e Volodymyr Zelensky na Casa Branca.
Nesta semana, os dois países haviam chegado a um entendimento sobre a exploração das terras raras da Ucrânia. Essas regiões possuem minerais valiosos, como manganês, urânio, titânio, lítio, minérios de zircônio, além de carvão, gás e petróleo.
O acordo é considerado essencial para a Ucrânia, que busca manter o apoio dos Estados Unidos. Por outro lado, Trump vê a exploração dos recursos como uma forma de o governo ucraniano retribuir a ajuda financeira enviada pelos americanos durante a guerra.
A Casa Branca afirmou que o presidente dos EUA não descartou o acordo, mas vai aguardar que a Ucrânia "esteja pronta para ter uma conversa construtiva".
O governo ucraniano não havia se pronunciado até a última atualização desta reportagem.
Uma entrevista coletiva prevista com Trump e Zelensky foi cancelada.
Durante uma reunião transmitida ao vivo e diante da imprensa na Casa Branca, Donald Trump pressionou Volodymyr Zelensky a aceitar um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia. O conflito começou em 2022, após a invasão russa ao território ucraniano.
Os Estados Unidos eram aliados da Ucrânia durante o governo de Joe Biden. No entanto, com a chegada de Trump à Casa Branca, ele se aproximou do presidente russo, Vladimir Putin, e busca um acordo para encerrar a guerra sem a participação ativa da Ucrânia.
O bate-boca ocorreu na etapa final do encontro de 45 minutos entre os dois no Salão Oval. Zelensky demonstrou desconfiança em relação ao compromisso de Putin de encerrar a guerra e chamou o presidente russo de "assassino".
Diante da declaração, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, interveio: "Senhor presidente, com todo o respeito. Acho desrespeitoso da sua parte vir ao Salão Oval e tentar debater isso diante da mídia americana". Quando Zelensky tentou responder, Trump levantou a voz.
"Você está apostando com a vida de milhões de pessoas. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial, e o que você está fazendo é muito desrespeitoso com este país, um país que te apoiou muito mais do que muitos disseram que deveria", afirmou Trump.
Zelensky rebateu, dizendo que Trump tem sido menos firme com Putin: "Não faça concessões a um assassino". Trump, então, respondeu: "Seu povo é muito corajoso, mas ou vocês fazem um acordo ou estamos fora. E se estivermos fora, vocês terão que lutar sozinhos".
Após o encontro, Trump publicou no TruthSocial que Zelensky desrespeitou os EUA no Salão Oval e que só poderá voltar quando estiver "pronto para a paz".
- Líderes europeus saem em defesa de Zelensky após bate-boca Casa Branca; Rússia chama ucraniano de mentiroso
Líderes europeus saíram em defesa do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, após sua discussão com Donald Trump na Casa Branca. Os dois trocaram farpas diante de jornalistas nesta sexta-feira (28).
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que é preciso respeitar quem está na luta desde o início. A declaração foi interpretada como uma referência ao fato de Trump ter assumido as negociações de paz apenas neste ano, após voltar ao governo dos Estados Unidos.
Macron e Zelensky conversaram por telefone após a discussão, de acordo com o governo francês. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu em uma rede social que Zelensky precisa ser forte e corajoso. Ainda segundo ela, o presidente ucraniano nunca estará sozinho.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou que a Ucrânia pode contar com o povo alemão e a Europa. Enquanto isso, o líder do partido que venceu as eleições do país, Friedrich Merz, afirmou que não é possível confundir o agressor e a vítima.
Já o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, reforçou o apoio de seu país à Ucrânia. A discussão também teve repercussão no Parlamento ucraniano. O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, escreveu em uma rede social que Zelensky está certo: "Paz sem garantias não é possível", declarou.
Enquanto isso, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, chamou Zelensky de "grande mentiroso" e afirmou que a Ucrânia está sozinha.
Zakharova disse ainda que foi um "milagre" Trump e o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, terem se contido para não agredir o líder ucraniano.
Já Dmitri Medvedev, ex-presidente da Rússia, afirmou que Zelensky levou um "tapa na cara". Durante uma reunião transmitida ao vivo e diante da imprensa na Casa Branca, Donald Trump pressionou Volodymyr Zelensky a aceitar um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia. O conflito começou em 2022, após a invasão russa ao território ucraniano.
Os Estados Unidos eram aliados da Ucrânia durante o governo de Joe Biden. No entanto, com a chegada de Trump à Casa Branca, ele se aproximou do presidente russo, Vladimir Putin, e busca um acordo para encerrar a guerra sem a participação ativa da Ucrânia.
O bate-boca ocorreu na etapa final do encontro de 45 minutos entre os dois no Salão Oval. Zelensky demonstrou desconfiança em relação ao compromisso de Putin de encerrar a guerra e chamou o presidente russo de "assassino".
Diante da declaração, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, interveio: "Senhor presidente, com todo o respeito. Acho desrespeitoso da sua parte vir ao Salão Oval e tentar debater isso diante da mídia americana". Quando Zelensky tentou responder, Trump levantou a voz.
"Você está apostando com a vida de milhões de pessoas. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial, e o que você está fazendo é muito desrespeitoso com este país, um país que te apoiou muito mais do que muitos disseram que deveria", afirmou Trump.
Zelensky rebateu, dizendo que Trump tem sido menos firme com Putin: "Não faça concessões a um assassino". Trump, então, respondeu: "Seu povo é muito corajoso, mas ou vocês fazem um acordo ou estamos fora. E se estivermos fora, vocês terão que lutar sozinhos".
Após o encontro, Trump publicou no TruthSocial que Zelensky desrespeitou os EUA no Salão Oval e que só poderá voltar quando estiver "pronto para a paz".
A visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que estava planejada para esta sexta-feira (28) no Hudson Institute, em Washington, foi cancelada após a discussão em que ele esteve envolvido horas antes com Donald Trump.
A informação sobre o cancelamento da agenda foi confirmada pelo vice-presidente executivo do grupo, Joel Scanlon.
Além disso, a visita de Zelensky prevista para mais tarde na Ukrainian House, em Washington, também foi cancelada, de acordo com uma autoridade ucraniana.
Os chefes de Estado discutiram depois que Zelensky fez críticas à postura dos governos dos Estados Unidos diante das ações russas para anexação de territórios ucranianos, entre 2014 e 2022.
Trump se irritou e disse que o ucraniano estava apostando em milhões de vidas e na terceira guerra mundial –e repetiu que Zelensky não tem cartas para negociação. Em seguida, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, afirmou que a postura de Zelenzky era de ingratidão. “Quantas vezes você disse ‘obrigado’ nessa reunião?”, perguntou.
Diante do mal-estar, ambos encerraram a entrevista coletiva e não assinaram um acordo para exploração norte-americana de minerais em solo ucraniano.
- Trump mandou ucranianos saírem da Casa Branca após discussão, diz fonte
Instantes depois do bate-boca ocorrido durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval, os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foram para salas separadas na Casa Branca.
Após a discussão, os ucranianos queriam que as negociações com os Estados Unidos prosseguissem. A Casa Branca, no entanto, deixou claro que era hora de eles irem embora, segundo uma fonte do primeiro escalão do governo norte-americano.
O bate-boca entre os chefes de Estado ocorreu após críticas feitas por Zelensky à postura dos governos dos Estados Unidos diante das ações russas para anexação de territórios ucranianos, entre 2014 e 2022.
Trump se irritou e disse que o ucraniano estava apostando em milhões de vidas e na terceira guerra mundial –e repetiu que Zelensky não tem cartas para negociação. Em seguida, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, afirmou que a postura de Zelenzky era de ingratidão. “Quantas vezes você disse ‘obrigado’ nessa reunião?”, perguntou.
A cena causou espanto ao redor do mundo. Jornalistas que cobrem a Casa Branca há anos disseram nunca ter visto algo parecido, já que ao menos na porção televisionada desse tipo de encontro as autoridades costumam manter a compostura –mesmo que as reuniões a portas fechadas sejam duras.
Após a discussão, os chefes de Estado não assinaram um acordo que previa a exploração norte-americana de minerais em solo ucraniano.
Embora seja frequentemente chamado de “acordo de terras raras”, as terras raras são apenas uma pequena parte desse acordo. O principal foco são as grandes reservas de outros minerais valiosos, incluindo grafite, lítio, titânio, berílio e urânio. Embora não sejam quimicamente classificados como terras raras, estão entre os cerca de 50 minerais que são vistos como essenciais para o crescimento econômico futuro.
Fonte: g1 - CNN