George Russell comprovou a grande forma da Mercedes em uma volta rápida e fez a pole position e vai largar na frente no GP de Las Vegas, com Carlos Sainz, da Ferrari, carro que tem demonstrado o melhor ritmo de corrida, em segundo e a surpresa Pierre Gasly, da Alpine, em terceiro.
A prova tem largada na noite de sábado em Las Vegas, às 3h da madrugada de domingo, pelo horário de Brasília. A corrida pode definir o campeonato de pilotos, caso Lando Norris não consiga fazer mais de três pontos a mais que Max Verstappen. Os rivais vão largar lado a lado na terceira fila, com Verstappen em quinto e Norris em sexto.
Lewis Hamilton andou entre os primeiros até a última parte da classificação, quando perdeu o carro duas vezes e não conseguiu passar da décima posição. E Franco Colapinto teve uma forte batida, dando ainda mais trabalho para a Williams, que não tem muitas peças de reposição depois de uma sequência de acidentes de seus pilotos.
Com 12ºC de temperatura ambiente e altas pressões mínimas de pneu prescritas pela Pirelli, os pilotos tiveram trabalho para encontrar a melhor aderência e também para colocar os pneus na melhor janela de funcionamento, com várias voltas rápidas sendo feitas no terceiro giro do pneu, tornando a classificação bastante movimentada.
As Mercedes dominaram a primeira parte da classificação, e Max Verstappen apareceu pela primeira vez entre os três primeiros em um fim de semana que vinha se desenhando complicado para a Red Bull, com problemas de velocidade de reta e de aderência, na primeira parte da classificação, indicando que o time tinha encontrado soluções ao longo do último treino livre.
Isso, pelo menos de um lado da garagem, pois seu companheiro, Sergio Perez, foi eliminado na primeira parte da classificação. "As coisas não mudam, não consigo encontrar aderência", disse o mexicano, que foi quase um segundo mais lento que o companheiro.
As duas Aston Martin foram eliminadas logo de cara por motivos diferentes: Fernando Alonso teve uma volta deletada por ter saído da pista, e Lance Stroll teve apenas uma volta rápida para tentar passar para o Q2, depois de ter tido um problema na parte elétrica do motor e ter demorado a ir para a pista.
Alex Albon foi liberado no trânsito de carros mais lentos e foi eliminado, assim como Valtteri Bottas, que já sabia que teria uma punição pela troca da bateria e ajudou o companheiro Zhou Guanyu a passar para o Q2 com um vácuo.
Foi outra sessão dominada pela Mercedes, que estava conseguindo gerar mais temperatura nos pneus no frio da noite em Las Vegas. Mais uma vez, os pilotos deram várias voltas para conseguirem duas ou três tentativas, com a preparação dos pneus sendo fundamentais, e desta vez Verstappen ficou em quinto.
Mas a grande briga nessa parte da classificação era entre a Alpine e a Haas, que lutam pela sexta posição no mundial de construtores. Cada equipe colocou um carro no Q3: Hulkenberg pela Haas e Gasly pela Alpine.
E o pior aconteceu para a Williams: Colapinto tentava compensar por um primeiro setor ruim em sua última volta e bateu forte, lembrando que a Williams não tem muitas peças de reposição para este fim de semana, após uma sequência de acidentes nas últimas provas.
Yuki Tsunoda também passou para o Q3, deixando na lista de eliminados com Ocon, Magnussen, Zhou, Colapinto e Lawson.
A batida de Colapinto acabou movendo o muro de proteção e atrasou o início da definição das posições do top 10. O impacto foi de mais de 50G e o piloto argentino terá de ser avaliado pelos médicos neste sábado antes de ser liberado para correr. Isso atrasou o começo do Q3 em pelo menos 20 minutos. Depois de andar junto de Russell o tempo todo, Lewis Hamilton cometeu um erro em sua primeira volta lançada e não completou um tempo competitivo. Charles Leclerc também escorregou em sua Ferrari. Enquanto isso, Russell tinha a pole provisória, mesmo tocando o muro e tendo de trocar sua asa dianteira, seguido por Sainz e Verstappen.
Hamilton cometeu outro erro em sua segunda tentativa e acabou não conseguindo fazer nenhum tempo significativo em uma sessão na qual tinha chances reais de fazer o que seria sua única pole do ano, uma vez que a Mercedes sempre esteve mais forte, conseguindo colocar energia nos pneus de maneira mais rápida que os demais.
Vários pilotos foram melhorando suas marcas com o cronômetro já zerado. Leclerc chegou a ficar com a pole provisória e foi superado por Sainz, depois vendo Gasly, que vem de um pódio no Brasil, se colocar entre as Ferrari. Mas Russell tinha pedido para ser o último na pista e para usar o melhor da aderência e recuperou a primeira posição. É a quarta pole position da carreira do britânico, a terceira nesta temporada.