A taxa de desocupação, também chamada de taxa de desemprego, caiu em sete unidades da federação no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. Nas outras 20, a taxa manteve-se estável, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maior queda foi observada na Bahia, onde a taxa recuou 1,4 ponto percentual, passando de 11,1% no segundo trimestre para 9,7% no terceiro trimestre. Os outros seis locais com queda foram Rondônia (-1,2 ponto percentual, ao passar de 3,3% para 2,1%), Rio de Janeiro (-1,1 ponto percentual, ao passar de 9,6% para 8,5%), Mato Grosso (-1 ponto percentual, ao passar de 3,3% para 2,3%), Pernambuco (-1 ponto percentual, ao passar de 11,5% para 10,5%), Rio Grande do Sul (-0,8 ponto percentual, ao passar de 5,9% para 5,1%) e Santa Catarina (-0,4 ponto percentual, ao passar de 3,2% para 2,8%).
Apesar da queda, Pernambuco continua sendo o estado com maior taxa de desemprego. Rondônia apresentou a menor taxa. A taxa de desemprego nacional, divulgada no fim de outubro, recuou para 6,4% no terceiro trimestre, inferior ao observado no segundo trimestre deste ano (6,9%) e no terceiro trimestre de 2023 (7,7%).
Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a taxa de desemprego recuou em 13 unidades da federação, com destaque para o Amapá (com queda de 4,3 pontos percentuais, ao passar de 12,6% para 8,3%), Bahia (-3,6 pontos percentuais, ao passar de 13,3% para 9,7%) e Pernambuco (-2,7 pontos percentuais, ao passar de 13,2% para 10,5%).
As outras 14 unidades da federação apresentaram estabilidade da taxa na comparação com o terceiro trimestre de 2023.
A taxa de informalidade do mercado de trabalho, ou seja, o percentual de trabalhadores informais em relação ao total de pessoas ocupadas, subiu apenas em dois estados, na comparação com o segundo trimestre deste ano: Bahia (2,3 pontos percentuais, atingindo 51,7%) e Mato Grosso (1,7 ponto percentuais, alcançando 35,3%). Nas demais unidades da federação, manteve-se estável.
Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, também houve alta em apenas dois locais: Roraima (3,6 pontos percentuais, atingindo 47,8%) e Rio Grande do Sul (1,4 ponto percentual, chegando a 32,9%). Nenhuma unidade da federação apresentou alta.
- Desemprego entre jovens cai ao menor nível desde 2013
A taxa de desemprego de jovens de 18 a 24 anos caiu de 14,3% no 2º trimestrepara 13,4% no trimestre. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 6ª feira (22.nov.2024). Eis a íntegra do relatório (PDF – 3 MB).
A taxa de desocupação foi a 2ª menor da série histórica, iniciada em 2012. Ficou atrás somente do 4º trimestre de 2013, quando foi de 12,8%.
Em números absolutos, o desemprego atinge 2,02 milhões de jovens de 18 a 24 anos. O mercado de trabalho. Ao considerar todos os grupos de idade, a taxa geral de desocupação do Brasil caiu de 6,9% para 6,4% no mesmo período. Esse foi o menor patamar desde o 4º trimestre de 2013 (6,3%).
Todos os grupos de idade tiveram queda na taxa de desemprego do 2º trimestre para o 3º trimestre, segundo o IBGE:
Leia a diferença em números absolutos de desocupados por faixa etária:
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Trimestral, divulgada nesta 5ª feira (21nov.2024) pelo IBGE. O instituto detalha estatísticas sobre o mercado de trabalho por faixa etária, cor da pele, sexo e região do país.
O levantamento mostra que a taxa de desocupação para mulheres está acima da média nacional (6,4%). O grupo registrou taxa de 7,7% de desocupação. Havia sido de 8,6% no 2º trimestre de 2024.
Para homens, a taxa de desemprego passou de 5,6% no 2º trimestre para 5,3% no 3º.
A população preta teve a maior taxa de desocupação do Brasil. Passou de 8,5% no 2º trimestre para 7,6% no 3º trimestre. Em seguida, estão os pardos (de 7,8% para 7,6%). A taxa de desemprego dos brancos passou de 5,5% para 5,0% no mesmo período.
- Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens
A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).
No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.
A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.
Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).
Fonte: Poder360 - Agência Brasil