É dom de Deus, explicou Francisco, porque, é para Ele "que pedimos que nos faça santos, que torne o nosso coração semelhante ao seu", de modo que em nós, como dizia o Beato Carlo Acutis, "tenha sempre 'menos de mim para dar lugar a Deus'". O que nos leva ao segundo ponto, continuou o Pontífce, a nossa resposta:
O Pai do céu, de fato, nos oferece a sua santidade, mas não a impõe a nós. Ele a semeia em nós, nos faz sentir o gosto e ver a beleza, mas depois espera a nossa resposta. Deixa a nós a liberdade de seguir as suas boas inspirações, de nos deixarmos envolver por seus projetos, de fazer nossos os seus sentimentos (cf. Dilexit nos, 179), colocando-nos, como Ele nos ensinou, a serviço dos outros, com uma caridade como sempre mais universal, aberta e dirigida a todos, aberta e dirigida ao mundo inteiro.
Tudo isso vemos na vida dos santos, apronfundou o Papa, ao citar o caminho da santidade feito por "São Maximiliano Kolbe, que em Auschwitz pediu para tomar o lugar de um pai de família condenado à morte; ou em Santa Teresa de Calcutá, que passou sua existência a serviço dos mais pobres entre os pobres; ou no bispo São Óscar Romero, assassinado no altar por ter defendido os direitos dos últimos contra os abusos dos prepotentes". Santos "moldados pelas Bem-aventuranças" que são venerados nos altares, sem esquecer aqueles que sempre ficam "na porta ao lado", "aqueles de todos os dias, escondidos que levam adiante a sua vida cristã quotidiana", "pessoas 'cheias de Deus', incapazes de permanecer indiferentes às necessidades do próximo; testemunhas de caminhos luminosos, possíveis também para nós".
“Perguntemo-nos agora: eu peço a Deus, em oração, o dom de uma vida santa? Deixo-me guiar pelos bons impulsos que o seu Espírito desperta em mim? E me comprometo em primeira pessoa a praticar as Bem-aventuranças do Evangelho nos ambientes em que vivo?”
- Papa Francisco: a guerra é o triunfo da mentira, da falsidade
Após a oração mariana do Angleus deste 1º de novembro, Festa de Todos os Santos, o Papa Francisco expressou sua solidariedade ao povo do Chade, especialmente às famílias das vítimas do grave ataque terrorista ocorrido há alguns dias, bem como às pessoas afetadas pelas enchentes.
E com relação a catástrofes ambientais, continuou o Papa, “rezemos pelo povo da Península Ibérica, especialmente pela comunidade valenciana, atingida pela tempestade “DANA”: pelos falecidos e seus entes queridos, e por todas as famílias prejudicadas. Que o Senhor sustente aqueles que sofrem e aqueles que levam socorro. Nossa solidariedade ao povo de Valência".
Em seguida o Papa saudou os participantes da “Corrida dos Santos”, organizada pela Fundação Missões Dom Bosco. “Queridos amigos, - disse - também neste ano vocês nos lembram que a vida cristã é uma corrida, mas não como corre o mundo, não! É a corrida de um coração que ama! E obrigado pelo seu apoio à construção de um centro esportivo na Ucrânia".
O Papa então pediu para que rezemos pela martirizada Ucrânia, rezemos pela Palestina, Israel, Líbano, Mianmar, Sudão e por todos os povos que sofrem com as guerras.
“Irmãos e irmãs, a guerra é sempre uma derrota, sempre! E é ignóbil, porque é o triunfo da mentira, da falsidade: busca-se o maior interesse para si mesmo e o maior dano para o adversário, pisoteando vidas humanas, o meio ambiente, infraestruturas, tudo; e tudo disfarçado com mentiras. E os inocentes sofrem! Estou pensando nas 153 mulheres e crianças massacradas nos dias passados em Gaza”.
Francisco então recordou que neste sábado temos a comemoração anual de todos os fiéis defuntos. “Aqueles que podem, nesses dias, vão rezar no túmulo de seus entes queridos”, pediu. “Eu também irei amanhã de manhã celebrar a missa no Cemitério Laurentino, em Roma. Não devemos esquecer: a Eucaristia é a maior e mais eficaz oração pelas almas dos falecidos".
O Papa concluiu desejando a todos uma boa festa na companhia dos santos. Saudou ainda os jovens da Imaculada que são bons!, acrescentou, pedindo para não se esquecer de rezar por ele.
Fonte: Vatican News