Cultura

Papa Francisco: filhos que nascem são esperança em um mundo egoísta





Francisco participou, na manhã desta sexta-feira (10/05), da 4ª edição dos Estados Gerais da Natalidade e contestou teorias que consideram o nascimento de crianças como um fator de desequilíbrio. O Pontífice destacou que a vida é um presente, não um problema, criticando o materialismo e o consumismo desenfreado, e fez um apelo aos governos por um maior compromisso em proteger a vida.

O Papa Francisco participou, na manhã desta sexta-feira (10/05), no Auditório da Conciliação, em Roma, da 4ª edição dos Estados Gerais da Natalidade, um evento promovido pelo Fórum das Associações Familiares e que visa sensibilizar o público sobre os problemas ligados ao declínio da natalidade e às relativas desejáveis ​soluções. 

"Estou feliz por estar com vocês novamente porque, como sabem, o tema da natalidade está muito próximo do meu coração", introduziu o Pontífice em seu discurso, ressaltando que "os filhos são dons que recebemos, e isso nos faz lembrar que Deus tem fé na humanidade". E ao refletir sobre o lema do evento: "Estar presente, mais juventude, mais futuro", Francisco enfatizou a importância de trabalhar juntos para promover a taxa de natalidade com "realismo, clarividência e coragem", três palavras-chave que ele refletiu com os participantes.

A vida é uma dádiva de Deus

Segundo o Papa, a palavra realismo, nos recorda que, no passado alguns estudos e teorias alertavam sobre o número de habitantes da Terra, pois o nascimento de muitas crianças criaria desequilíbrios econômicos, falta de recursos e poluição:

"Sempre me chamou a atenção o fato de que essas teses, já ultrapassadas, falavam dos seres humanos como se fossem problemas. Mas a vida humana não é um problema, é uma dádiva. E na raiz da poluição e da fome no mundo não estão as crianças que nascem, mas as escolhas daqueles que só pensam em si mesmos, o delírio de um materialismo desenfreado, cego e desmedido, de um consumismo que, como um vírus maligno, mina a existência das pessoas e da sociedade pela raiz."

Egoísmo e consumismo

Ao denunciar o egoísmo presente no coração de tantas pessoas, o Papa sublinhou que "o problema não é quantos de nós há no mundo, mas que tipo de mundo estamos construindo; não são as crianças, mas o egoísmo, que cria injustiças e estruturas de pecado, a ponto de tecer interdependências doentias entre sistemas sociais, econômicos e políticos". Os lares, observou Francisco, "estão cheios de objetos e vazios de crianças, tornando-se lugares muito tristes. Não faltam cachorrinhos, gatos...O que está faltando são crianças", e completou:

"O problema do nosso mundo não é o nascimento de crianças: é o egoísmo, o consumismo e o individualismo, que tornam as pessoas fartas, solitárias e infelizes."

Sem crianças, não há futuro

O número de nascimentos é o primeiro indicador da esperança de um povo, "sem crianças e jovens, um país perde seu desejo de futuro", afirmou o Santo Padre, que falou diretamente sobre a realidade da Itália, onde a idade média é atualmente de 47 anos. Os registros negativos estão aumentando e a Europa está se tornando progressivamente "um continente cansado e resignado, tão ocupado em exorcizar a solidão e a angústia que não sabe mais como saborear a verdadeira beleza da vida".

Promover a cultura da generosidade

Francisco também exortou sobre a urgente necessidade de políticas eficazes e voltadas para o futuro, "semeando hoje para que as crianças possam colher amanhã". Há necessidade de "clarividência", reforçou o Papa ao abordar a segunda palavra-chave, "de um compromisso maior por parte de todos os governos, para ajudar as famílias, as mães e muitos casais jovens a se livrarem do fardo da insegurança no trabalho e da impossibilidade de comprar uma casa. É preciso promover uma cultura da generosidade e da solidariedade entre as gerações, rever hábitos e estilos de vida, renunciando ao supérfluo para dar aos mais jovens uma esperança para o amanhã".

E dirigindo-se aos jovens, o Santo Padre destacou a terceira palavra, "coragem", e acrescentou:

"Sei que para muitos de vocês o futuro pode parecer inquietante e que, entre a desnatalidade, as guerras, as pandemias e as mudanças climáticas, não é fácil manter viva a esperança. Mas não desistam, tenham fé, porque o amanhã não é algo inevitável: nós o construímos juntos e, nesse "juntos", encontramos primeiramente o Senhor. Não nos resignemos a um roteiro escrito por outros, mas rememos para mudar de rumo, mesmo ao custo de ir contra a maré!"

Jovens e idosos juntos

Antes de concluir, de forma espontânea, Francisco destacou "outra parte muito importante" na construção do futuro: os avós. "Hoje existe uma cultura de esconder os avós, mandá-los para a casa de repouso. Agora mudou um pouco devido à aposentadoria, mas a tendência é a mesma: descartar os avós".

E ao se lembrar dos tempos em Buenos Aires, quando, ao visitar lares de idosos, muitas enfermeiras lhe diziam que os idosos que estavam hospitalizados ali não tinham parentes que fossem visitá-los, o Papa enfatizou:

"Avós sozinhos... Avós descartados... Isso é suicídio cultural. O futuro é feito pelos jovens e pelos idosos juntos; coragem e memória juntas".

Escolhas eficazes em favor da família

Por fim, o convite do Santo Padre para "mudar a rota", a fim de que as novas gerações tenham condições de realizar seus sonhos legítimos. Neste momento, alertou o Pontífice, os investimentos que dão mais renda são as fábricas de armas e os contraceptivos. Um destrói a vida; o outro impede a vida", e continuou:

"É uma questão de implementar escolhas sérias e eficazes em favor da família, colocar uma mãe na condição de não ter que escolher entre o trabalho e o cuidado dos filhos", concluiu o Papa.

 

- Papa: a teologia “companheira de estrada” das ciências. Não conflito entre culturas, mas diálogo

A teologia deve ser capaz de fazer-se companheira de estrada das ciências e de todo o conhecimento crítico, oferecendo sua própria contribuição sapiencial, para que as diferentes culturas não entrem em conflito, mas, em diálogo, se tornem sinfonia: disse o Papa aos membros da Rede Internacional das Sociedades de Teologia Católica, recebidos por Francisco na manhã desta sexta-feira, 10 de maio, no Vaticano

A teologia é de fato um ministério eclesial valioso, do qual precisamos. Em primeiro lugar, porque faz parte da fé católica dar razão da esperança a qualquer um que a peça. E sabemos que a esperança não é uma emoção ou um sentimento, mas a própria pessoa de Jesus, o caminho, a verdade e a vida. Foi o que disse o Papa aos membros da Rede Internacional das Sociedades de Teologia Católica, recebidos por Francisco na manhã desta sexta-feira (10/05), no Vaticano.

O Papa quis inicialmente agradecer-lhes pelo trabalho interdisciplinar que realizam com projetos de pesquisa e congressos, incentivando o ecumenismo, o diálogo com outras religiões e visões de mundo.

Em seguida, ressaltou que a teologia é preciosa nos tempos de mudança em que vivemos, em sociedades multiétnicas em constante mobilidade, com a interconexão de diferentes povos, línguas e culturas, para ser orientada, com consciência crítica, para a construção de uma coexistência em paz, solidariedade e fraternidade universal e para o cuidado de nossa casa comum.

Fidelidade à tradição, transdisciplinaridade e colegialidade

Além disso, acrescentou o Santo Padre, precisamos da teologia porque os desafios impostos pelo progresso tecnocientífico - pensemos na inteligência artificial - nos obrigam hoje a “nos reunirmos” para entender o que é humano, o que é digno do homem, o que no homem é irredutível, porque divino, ou seja, imagem e a semelhança de Deus em Cristo.

A teologia deve ser capaz de fazer-se companheira de estrada das ciências e de todo o conhecimento crítico, oferecendo sua própria contribuição sapiencial, para que as diferentes culturas não entrem em conflito, mas, em diálogo, se tornem sinfonia.

Em seguida, o Pontífice indicou três diretrizes de desenvolvimento para a teologia: fidelidade criativa à tradição, transdisciplinaridade e colegialidade. Esses são os “ingredientes” essenciais da vocação do teólogo católico no coração da Igreja. Os teólogos, de fato, são como os exploradores enviados por Josué à terra de Canaã: eles devem descobrir os caminhos certos para a inculturação da fé, observou.

A teologia sapiencial é a teologia do amor

Sabemos que a tradição é viva. Portanto, ela deve crescer, encarnando o Evangelho em todos os cantos da terra e em todas as culturas. Porque o Evangelho anuncia o evento de Jesus que morreu e ressuscitou e é sabedoria de vida para todos: é o saber para a existência humana, cuja luz penetra nas fibras de toda a realidade investigada pelas ciências.

A transdisciplinaridade dos saberes não é, portanto, uma moda do momento, mas uma exigência da ciência teológica: de fato, ela “escuta” as descobertas de outros saberes para aprofundar as doutrinas da fé, enquanto oferece a sabedoria cristã para o desenvolvimento humano das ciências. A responsabilidade por essa árdua tarefa também implica a colegialidade e a sinodalidade do caminho de pesquisa, explicou Francisco, que em seguida concluiu:

“Bento XVI pediu, com razão, a todas as ciências que ampliassem os limites da racionalidade científica em um sentido sapiencial. Essa ampliação deve ocorrer também na teologia, para que seja um saber crítico para a vida de cada ser humano e do Povo de Deus, unindo ciência e virtude, razão crítica e amor. Pois a fé católica é a fé que atua pela caridade, caso contrário é uma fé morta. A teologia sapiencial é, portanto, a teologia do amor, pois “quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1Jo 4,8).”

 

- Papa Francisco: hipocrisias e promessas não cumpridas no Sahel; é hora de agir

A mensagem do Papa ao cardeal Czerny, presidente da Fundação João Paulo II para o Sahel, por ocasião do aniversário de 40 anos de fundação: a instabilidade da região e fenômenos como o da migração têm suas raízes na pobreza, no terrorismo e nas mudanças climáticas. Francisco relançou o apelo de Wojtyla: “trabalhem pela segurança, justiça e paz! Ninguém pode negar o direito fundamental de todo ser humano de viver com dignidade”.

“O povo de Deus deve estar na linha de frente, sempre e em toda parte, para responder ao grito silencioso dos incontáveis pobres do mundo, especialmente no Sahel, para dar-lhes voz, para defendê-los e para ser solidário com eles, diante de tanta hipocrisia e tantas promessas não cumpridas”. Esse é o apelo do Papa Francisco em uma mensagem enviada nesta sexta-feira (10/05) ao cardeal Michael Czerny, por ocasião do evento de comemoração do aniversário de 40 anos da Fundação João Paulo II para o Sahel, com a presença de membros do corpo diplomático e representantes de instituições internacionais e nacionais.

Uma crise que ameaça cada vez mais a paz e o desenvolvimento

Na texto, Francisco observa com preocupação o fato de que “os países dessa região da África Ocidental ainda estão passando por uma crise que ameaça cada vez mais a paz, a estabilidade, a segurança e o desenvolvimento. Esses fenômenos", escreve ele, "estão ligados ao terrorismo, à insegurança econômica e às mudanças climáticas" e "agravam a vulnerabilidade dos Estados e a pobreza dos cidadãos, com a consequência da migração dos jovens".

O apelo de João Paulo II

Esse contexto “torna a tarefa da Fundação cada vez mais forte, difícil, mas cada vez mais essencial”, observa o Pontífice, referindo-se ao trabalho realizado pelo órgão que leva o nome do santo Papa polonês. E justamente ao recordar os “gritos do coração” de Wojtyla, Francisco relança seu “apelo a todas as pessoas de boa vontade do mundo: trabalhem pela segurança, pela justiça, pela paz no Sahel!".

Não esperem para agir

“Não há mais tempo para esperar, devemos agir!”, alerta o Papa: “ninguém pode negar o direito fundamental de todo ser humano de viver com dignidade e de prosperar plenamente.”

 

- Papa à diocese italiana de Noto: comprometer-se com as muitas formas de pobreza da região

Francisco enviou uma carta ao bispo Rumeo por ocasião do aniversário de 180 anos de fundação da diocese siciliana de Noto, na Itália: “dedicar-se com terna proximidade e amor concreto em favor daqueles que estão à margem da sociedade”.

“Recordar o passado não para ficar preso a ele”, mas para encontrar nele “a força para viver o presente com coragem e a capacidade de olhar para o futuro com esperança”. Esse é o convite do Papa Francisco dirigido à Igreja de Noto na carta - tornada pública na manhã desta sexta-feira (10/05) - dirigida ao bispo, dom Salvatore Rumeo, por ocasião do aniversário de 180 anos de fundação da diocese. As celebrações terão início na próxima quarta-feira, 15 de maio.

“Esse marco significativo” que a comunidade de Noto, região italiana da Sicília, está se preparando para celebrar é uma oportunidade para “estimular o itinerário da fé e do testemunho evangélico” e para “enfrentar os desafios atuais com ousadia”, escreve o Papa, dirigindo-se aos “presbíteros, pessoas consagradas, membros de associações e movimentos eclesiais e todo o povo de Deus” da diocese siciliana.

“Perseverem no compromisso pastoral destinado a enfrentar as muitas formas de pobreza presentes no território”, é a indicação oferecida pelo Pontífice aos fiéis, “gastando-se com terna proximidade e amor concreto em favor daqueles que estão à margem da sociedade”.

“Que o exemplo dos santos, dos beatos, dos veneráveis desta terra - penso em particular no venerável Giorgio La Pira, assim como nos zelosos sacerdotes que ao longo dos anos se doaram pelo Reino de Deus", escreve ainda o Papa, "guie o caminho de vocês, tornando-os sempre mais instrumentos de bondade e fraternidade, abertos ao diálogo com todos”. Para concluir, o Pontífice, com a sua bênção, invoca a intercessão de Maria e de São Conrado Confalonieri “sobre toda a comunidade diocesana”.

 

- Papa: educar para enfrentar os desafios e crescer na solidariedade

Entre as inúmeras audiências do Santo Padre na manhã desta sexta-feira, um espaço para a educação dos jovens, inspirada no princípio de Santo Agostinho de "cultivar o conhecimento para chegar à sabedoria".

A última audiência do Santo Padre na manhã desta sexta-feira foi a uma delegação do Instituto de Educação Superior "Merrimack College", de Massachussets, recebida na Sala Clementina. Há quase 80 anos o educandário dedica-se à formação de jovens, inspirando no princípio agostiniano de "cultivar o conhecimento para chegar à sabedoria, como bem revela o lema do instituto “per scientiam ad sapientiam”.

Francisco propôs uma breve reflexão sobre a missão do instituto, destacando dois aspectos ligados entre si: educar os jovens para enfrentar os desafios para crescer na solidariedade.

Educar para enfrentar os desafios

O Papa começou recordando as circunstâncias em que nasceu essa trabalho educativo fundado pelos padres agostianianos em 1947, ou seja, era dirigido aos soldados que regressavam da Segunda Guerra Mundial:

É evidente que a estes jovens, veteranos de experiências traumáticas, testemunhas dos horrores da guerra, não bastava oferecer cursos acadêmicos: era necessário devolver-lhes sentido, esperança e confiança para o futuro, enriquecendo as suas mentes, sim, mas reacendendo também os seus corações e iluminando suas vidas; ou seja, era necessário oferecer-lhes, por meio do estudo e da comunidade escolar, um caminho de renascimento integral. Gosto de dizer: da mente ao coração, e do coração às mãos.

Francisco recorda então que os jovens de hoje se deparam com vários desafios, quer a nível econômico-financeiro, laboral, político, bem como ambiental e de valores, demográfico e migratório. Neste sentido, é importante serem "ensinados a enfrentar juntos os desafios, sem se deixarem vencer por eles, mas reagindo para que cada crise, apesar do sofrimento, se transforme numa oportunidade de crescimento."

Para crescer na solidariedade

E isso leva ao segundo aspecto, que é "crescer na solidariedade". Para tal, recorda Bento XVI que na Carta Encíclica Spe Salvi, escreveu que "não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor." Isto é - explica o Papa - trata-se de "formar novas gerações a viver as dificuldades como oportunidades, não tanto para lançar-se em direção a um futuro rico em dinheiro e sucesso, mas sim em amor, e assim construir juntos um humanismo de solidariedade":

Trata-se de ensiná-los a identificar e direcionar os recursos disponíveis, com um planejamento criativo, para modelos de vida pessoal e social marcados pela justiça e pela misericórdia, que tornem “aceitável e digna a existência de todos e de cada um”.

É verdade - afirmou ainda o Santo Padre - que a globalização em curso "apresenta aspectos negativos, como o isolamento, a marginalização e a cultura do desperdício". Mas ao mesmo tempo, porém, também tem aspectos positivos, "como a possibilidade de ampliar e engrandecer a solidariedade e promover a equidade, através de meios e potencialidades desconhecidas por aqueles que nos precederam, como vimos nos últimos tempos, por ocasião de desastres climáticos e guerras":

E é importante, no trabalho didático, orientar os alunos para esta capacidade de discernimento e de escolha, ampliando de forma ideal e prática os perímetros das salas de aula escolares, para chegar aonde “a educação pode gerar solidariedade, partilha, comunhão. Queridos amigos, esta é sua responsabilidade, e é grande, assim como é precioso o trabalho que vocês fazem. Abençoo-os e não se esqueçam de rezar por mim.

 

Francisco a estudantes de Barcelona: trabalhar para dar vida à liturgia diária

Ao receber no Vaticano estudantes e professores do Instituto de Liturgia da Universidade São Paciano, de Barcelona, o Pontífice enalteceu que a liturgia sem a união do homem com Deus é uma aberração. O Papa também indicou a necessidade de tornar viva a liturgia cotidiana "de modo que ela expresse, interrogue e alimente essa relação".

Na Sala do Consistório, do Palácio Apostólico, no Vaticano, o Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (10/05) uma delegação de 25 pessoas provenientes de Barcelona, na Espanha. São estudantes e professores do Instituto de Liturgia da Universidade São Paciano, que estão em Roma para dias de estudos no Colleggio Sant'Anselmo, uma universidade pontifícia beneditina que recebe estudantes de todo o mundo para oferecer formação também em liturgia.

Ao saudar o grupo espanhol, o Pontífice se disse feliz em recebê-los em 2024, Ano da Oração: "é importante que, em seus estudos, vocês reflitam sobre a necessidade de buscar essa união com o Senhor e sobre os meios que Ele, por meio da Igreja, nos deu para alcançá-la", orientou o Papa em discurso.

A liturgia também nos lembra, continuou Francisco, "que esse encontro com Deus é de todos". A Igreja, "como um povo convocado", deve se dedicar à liturgia "porque é para Deus, mas uma liturgia sem essa união do homem com Deus é uma aberração". O Pontífice, então, chegou a recordar São Bento e os critérios de se buscar Deus e estar pronto para a "participação na Liturgia Divina, no seu significado de encontro pessoal e comunitário com Deus".

“Mas sem esquecer aquela mesma urgência de obediência, ou seja, de serviço, de viver o mandato supremo do amor fraterno, naquilo que Deus quer nos pedir; e de humilhações, abraçando a cruz, deixando-se modelar por Deus e tocando a ferida aberta do Senhor nos membros do seu Corpo Místico (cf. Regra LVIII, 7). Portanto, peço-lhes que trabalhem para dar vida à nossa liturgia diária, de modo que ela expresse, interrogue e alimente essa relação.”

 

Fonte: Vatican News