Economia

Ibovespa fecha em alta de 0,7% com dados da China e ações de bancos; dólar cai a R$ 4,93





Investidores também aguardam ata do Fed na quarta-feira (21)

O Ibovespa fechou em alta e o dólar voltou a cair ante o real nesta terça-feira (20), com mercados analisando novos dados da China e à espera da ata do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), que será publicada nesta quarta-feira (21).

A China anunciou nesta terça-feira a maior redução já registrada na taxa de referência para hipotecas, conforme as autoridades buscam sustentar o mercado imobiliário e a economia em geral.

O principal índice do mercado doméstico fechou com alta de 0,68%, na faixa dos 129.916 pontos, sustentado pelas ações de bancos.

Já o dólar encerrou o dia com perda de 0,61% ante o real, negociado a R$ 4,931 na venda, em linha com do índice que compara o dólar a uma cesta de pares fortes.

Bancos sustentam alta, Vale cai

A alta do Ibovespa foi sustentada pelas ações de bancos, com Itaúsa (ITUS4) subindo 3,04%, enquanto BTG Pactual (PBAC11) valorizou quase 1,14%.

Já Bradesco (BBDC4) ganhou 2,34% após o Goldman Sachs elevaram a recomendação das ações do Bradesco para “neutra” ante “venda”, e mantiveram o preço-alvo dos papéis em R$ 14, ponderando que ainda há um “longo caminho para a recuperação” do banco, mas que os riscos negativos provavelmente estão precificados.

Na direção oposta, Vale (VALE3) – ação com maior peso no Ibovespa – perdeu mais de 2,19% com declínio dos futuros do minério de ferro na China, em meio a preocupações crescentes sobre as perspectivas de demanda.

Já as altas do dia são lideradas pelo Carrefour (CRFB3), com avanço de 11,16%, mesmo após um prejuízo líquido de R$ 565 milhões no quarto trimestre, contra lucro de R$ 426 milhões um ano antes, em resultado afetado por custos decorrentes do fechamento de lojas físicas.

O Ebitda ajustado, por sua vez, somou R$ 1,88 bilhão no trimestre, acima da média das projeções compiladas pela LSEG, que apontava R$ 1,72 bilhão.

Atenção ao Fed

Na volta do feriado nos EUA, o foco se volta para a quarta-feira, quando o Fed divulga a ata de sua última reunião sobre a política monetária.

Na ocasião, a autoridade monetária optou por manter inalteradas as taxas de juros da economia americana entre 5,25% e 5,50% ao ano.

A expectativa é grande, visto que o documento por trazer pistas sobre os próximos passos da instituição. Tudo isso após dados de atividade e de inflação acima do esperado na semana passada.

Segundo dados do FedWatch, do grupo CME, o início do corte dos juros deve ficar apenas para julho.

Ainda no exterior, a China anunciou nesta terça-feira uma redução de 25 pontos-base na taxa primária de empréstimos (LPR) de cinco anos, que foi a maior desde que ela foi adotada em 2019 e muito mais do que os analistas esperavam.

 

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Mercado de bitcoin retoma patamar de US$ 1 trilhão

Após ganhos do bitcoin em 2023, investidores retornaram em massa nas últimas semanas

O Bitcoin está de volta ao patamar de US$ 1 trilhão. O valor da criptomoeda mais do que triplicou, para US$ 52.000, desde novembro de 2022.

Aquele ano foi marcado pelo colapso da exchange de criptomoedas FTX, que desencadeou crises de liquidez em várias empresas menores de criptoativos.

Após os ganhos do bitcoin em 2023, os investidores retornaram em massa nas últimas semanas, elevando a capitalização de mercado do ativo acima de US$ 1 trilhão pela primeira vez desde seu apogeu em 2021, com base em dados da CoinMarketCap.

Em contraste com as moedas tradicionais, a oferta de bitcoin é limitada e deverá atingir o pico em 2140, de acordo com o site de monitoramento de preços de criptomoedas.

Os fluxos de dinheiro para o bitcoin foram impulsionados pelo recente lançamento de fundos negociados em bolsa que investem diretamente na criptomoeda e que tornaram mais fácil para os investidores de varejo colocarem dinheiro no ativo.

O valor do bitcoin aumentou quase 13% desde 10 de janeiro, quando os reguladores dos Estados Unidos deram luz verde às empresas de investimento que desejavam oferecer tais fundos.

O Bitcoin permanece longe de sua máxima histórica de US$ 69.000, alcançada em novembro de 2021, mas os participantes da indústria que conversaram recentemente com a CNN esperam que ele continue subindo este ano e que esse pico possa ser superado.

Parte do otimismo se deve à próxima “redução pela metade” do bitcoin – uma característica de seu design que reduz automaticamente pela metade a taxa de entrada de novas moedas em circulação, um evento que ocorre aproximadamente a cada quatro anos.

“Cada redução pela metade resultou historicamente em algum tipo de ação de alta nos preços”, disse Gareth Rhodes, ex-vice-superintendente do Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York, na semana passada.

A recente ascensão do Bitcoin, no entanto, não terá mudado uma verdade inconveniente para os investidores: o ativo é arriscado, sujeito a grandes oscilações de valor e ainda está sob o microscópio dos reguladores.

Em janeiro, antes de aprovar fundos negociados em bolsa de bitcoin, Gary Gensler, presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, disse no X : “Várias plataformas importantes e ativos criptográficos tornaram-se insolventes e/ou perderam valor. Os investimentos em ativos criptográficos continuam sujeitos a riscos significativos.”

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