O Ibovespa opera “de lado” e o dólar fechou estável nesta segunda-feira (27), com o sentimento de cautela nos mercados globais à espera de dados da inflação dos Estados Unidos que serão publicados nesta semana.
Na cena doméstica, investidores analisam a formação de maioria pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para permitir que o governo regularize o pagamento dos precatórios — dívidas reconhecidas pela União em razão de sentenças judiciais — até 2026, podendo se valer do uso de créditos extraordinários.
O câmbio encerrou com leve queda de 0,01%, negociado a R$ 4,889 na venda com a volta da liquidez nos mercados após o feriado de Ação de Graças nos EUA.
Na última sessão, o dólar à vista fechou em baixa de 0,17%, a R$ 4,899 na venda.
Por volta das 17h05, o principal índice da bolsa brasileira operava com pequeno avanço de 0,01%, aos 125.535 pontos. Na última semana, o Ibovespa fechou na quinta alta semanal seguida, subindo 0,59%, apesar da perda de 0,84%, aos 125.517 pontos na sessão de sexta-feira (24).
O pregão tinha como destaque companhias mais sensíveis à queda da curva de juros, enquanto os papéis com maior relevância no mercado cediam diante do comportamento mistos de commodities.
Na quinta-feira (30) serão divulgados os dados do índice PCE dos EUA, medida preferida de inflação do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), que podem dar direção aos mercados depois de uma semana passada fraca pelo feriado de Ações de Graça.
A desaceleração da inflação em economias desenvolvidas ampliou as expectativas dos investidores de que os bancos centrais encerraram as altas de juros e podem cortá-los em breve.
Num geral, a perspectiva de juros mais baixos nos Estados Unidos e na Europa costuma levar a um redirecionamento de recursos para países mais rentáveis, ainda que mais arriscados, como o Brasil.
Ainda na pauta de variação de preços, nesta terça-feira (28) será publicado a prévia da inflação doméstica em novembro medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15).
Os mercados ficavam de olho também no julgamento pelo STF, no plenário virtual, de ações que questionam emendas constitucionais que criaram um teto anual para o pagamento de precatórios de 2022 a 2026, matéria acompanhada com muita atenção pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o ajuste das contas públicas.
Também nesta semana, o Senado deve colocar em votação os projetos de lei (PL) de tributação de offshores e fundos exclusivos e o de regulamentação das apostas esportivas online, também chamadas de bets.
Ambas as pautas são caras à equipe econômica para atingir a meta de déficit zero das contas públicas em 2024.
Fonte: CNN