O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pelo Enem, divulgou o gabarito oficial das provas deste ano. As respostas de cada caderno podem ser acessadas no site do instituto.
Uma das três questões não inéditas da prova foi anulada pelo Inep. A pergunta já havia aparecido na edição do Enem para pessoas privadas de liberdade em 2010 e questionava o candidato sobre o grupo de risco mais exposto à gripe A-H1N1.
Dos quase 4 milhões de inscritos, 2,7 milhões fizeram a prova nos dois dias.Ao todo, os candidatos responderam 180 questões e precisaram produzir uma redação sobre a invisibilidade do trabalho de cuidado da mulher brasileira.
A metodologia usada no Enem, a TRI (Teoria de Resposta ao Item), faz com que as notas não sejam afetadas mesmo com a anulação de questões. "O cálculo estatístico considera a combinação da coerência do padrão de resposta com o pressuposto da cumulatividade e, ainda, as características (parâmetros de complexidade) de cada item", afirma o Inep.
Como a nota final é calculada pela TRI, a quantidade de acertos não é o único ponto a ser levado em consideração. Os resultados dos candidatos serão divulgados em 16 de janeiro de 2024.
Professores consultados pelo UOL também identificaram duas questões não inéditas no segundo dia de provas do Enem. Para o Inep, as perguntas têm semelhanças, mas não são iguais e por isso não foram anuladas.
Em 2011, um grupo de alunos de um colégio de Fortaleza teve 14 questões anuladas, porque elas haviam sido usadas em pré-testes aplicados a esses estudantes. Em razão da TRI, mesmo com apenas 166 questões validadas, os alunos não foram prejudicados.
No primeiro dia, o Enem 2023 abordou questões atuais e ligadas a temas sociais. Perguntas relacionadas a machismo e racismo apareceram ao longo da prova — escritores brasileiros também foram citados.
Uma das perguntas falava sobre a Declaração Balfour, que levou à criação do Estado de Israel. Em outro questionamento, o Enem abordou o antissemitismo no Brasil.
Depois de três edições, o Enem voltou a abordar a ditadura. Durante o governo Bolsonaro, o exame deixou de fora o tema e chegou a sugerir que a ditadura militar fosse chamada de "revolução".
Já no segundo dia, o exame teve citação sobre a covid-19, agrotóxicos, práticas esportivas e criptomoedas. Na avaliação de professores, a prova foi equilibrada com questões de todos os níveis bem distribuídas entre os diferentes temas.
1º Dia - Caderno Azul
1º dia - Caderno Amarelo
1º dia - Caderno Branco
1º dia - Caderno Rosa
1º dia - Caderno Laranja
1º dia - Caderno Verde
2º dia - Caderno Amarelo
2º dia - Caderno Cinza
2º dia - Caderno Azul
2º dia - Caderno Rosa
2º dia - Caderno Laranja
2º dia - Caderno Verde
Fonte: UOL