Se todas as atenções na F1 estão voltadas para o potencial tricampeonato de Max Verstappen no GP do Catar, o prodígio da McLaren Oscar Piastri roubou os holofotes para si neste sábado, ao faturar a pole position da corrida sprint. Cravando 1m24s454 na bandeirada, o australiano ainda lidera a primeira dobradinha da equipe britânica no ano, com Lando Norris em segundo lugar. Verstappen é terceiro.
A melhor posição de largada do calouro de 20 anos era um segundo lugar no Japão, mês passado. Ele obteve o mesmo feito na classificação sprint da Bélgica este ano. A última vez da McLaren na posição de honra foi com Norris, na Rússia, em 2021; e a última dobradinha no grid inicial faz mais tempo ainda: GP do Brasil de 2012, com a pole de Lewis Hamilton tendo Jenson Button em segundo.
A sessão é válida apenas para a corrida sprint, cuja largada será logo mais, às 14h30 (horário de Brasília). Para a prova principal deste domingo, Verstappen já cravou a pole position e largará ao lado de George Russell, da Mercedes. Na classificação sprint, o uso de pneus médios novos é obrigatório no SQ1 e SQ2, mas é permitido calçar pneus macios gastos - ou novos - no SQ3.
A classificação foi antecedida por um treino extra de dez minutos. Isso porque após o treino de sexta, a Federação Internacional do Automobilismo (FIA) avaliou que as zebras da pista, em forma de pirâmides, teriam risco de causar fissuras na parte interna dos pneus, por vibrações oriundas do impacto dos carros sobre elas e que podem levar ao colapso da borracha.
Para isso, um novo limite de pista foi introduzido nas curvas 12 e 13; o treino extra serviu para aclimatar os pilotos às mudanças e avaliar a situação. Ainda assim, a regra sacrificou alguns pilotos na classificação: Yuki Tsunoda (18º), Liam Lawson (14º) e Lewis Hamilton (12º) não chegaram ao SQ3 por terem suas voltas deletadas após excederem o traçado em vários pontos.