Economia

Ibovespa sobe 2,9% na semana com atenções na China e expectativa por juros; dólar recua 2,2%





Ibovespa fechou no vermelho e o dólar se manteve estável nesta sexta-feira (15), com as atenções dos investidores voltadas ao cenário internacional, enquanto o mercado local registrou o encerramento de opções, o que gera mais volatilidade.

O principal índice da bolsa brasileira encerrou a sessão com perda de 0,53%, aos 118.757 pontos.

O movimento encerra a sequência de quatro pregões de alta. Apesar da queda, o Ibovepa fecha a semana com valorização de 2,98%.

O cenário global também manteve o dólar sem grandes variações durante todo o dia. A divisa norte-americana encerrou a sexta com leve queda de 0,02%, negociada a R$ 4,871 na venda.

No desempenho semanal, o dólar registra desvalorização de 2,21% ante o par brasileiro.

China e juros no radar

A última sessão da semana foi marcada por novos dados das atividades na China e expectativa pelos próximos passos dos juros nos Estados Unidos e no Brasil, que serão divulgados na quarta-feira (20).

A produção industrial chinesa aumentou 4,5% em agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, acelerando em relação ao ritmo de 3,7% de julho, superando as expectativas de um aumento de 3,9% em pesquisa da Reuters com analistas e marcando o ritmo mais rápido desde abril.

As vendas no varejo, um indicador do consumo, também aumentaram em um ritmo mais rápido de 4,6% em agosto, o crescimento mais forte desde maio. Isso se compara a um aumento de 2,5% em julho e a uma alta esperada de 3%.

Já na pauta da política monetária, as atenções estão na decisão do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA). A maioria do mercado aposta na manutenção dos juros no atual patamar entre 5,25% e 5,50% — a maior em 22 anos.

O otimismo foi consolidado nesta semana, após dados de preços ao consumidor em linha com o esperado, indicando que a pressão dos juros já está trazendo a inflação para a meta da autoridade monetária.

Já no Brasil as principais apostas estão em novo corte de 0,50 ponto na Selic, trazendo a taxa básica de juros para 12,75% ao ano.

 

Confira outras notícias

-Amazon e Shopee pedem adesão a programa Remessa Conforme

Programa oferece isenção federal a compras do exterior de até US$ 50 

Duas das maiores varejistas online pediram à Receita Federal a adesão ao programa Remessa Conforme, que oferece isenção federal a compras do exterior de até US$ 50 em troca de tratamento alfandegário mais rápido. Os pedidos das lojas Amazon e Shopee serão analisados antes de a certificação ser publicada no Diário Oficial da União.

Assim que as novas certificações forem oficializadas, o volume de remessas enviadas ao país com isenção de Imposto de Importação aumentará para 78,5%. Atualmente, a proporção está em 67%.

Para a adesão ao programa ser oficializada, as empresas precisam adequar os sites às exigências do Remessa Conforme. As empresas passarão a inserir nas páginas as informações da compra no exterior antes da chegada da encomenda ao Brasil.

Os dados são enviados aos Correios ou às transportadoras autorizadas, que registram a declaração aduaneira relativa a esse tipo de importação. Isso impede que a mercadoria fique retida em unidades dos Correios, aguardando a liberação da Receita Federal.

Apesar da isenção federal, as mercadorias de até US$ 50 pagam 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo arrecadado pelos estados. Como o pagamento do imposto também é realizado de forma antecipada, as encomendas podem ser liberadas antes mesmo da chegada ao território nacional.

Nos próximos meses, o Ministério da Fazenda pretende anunciar a recomposição parcial do Imposto de Importação. No entanto, a nova alíquota ficará abaixo dos 60% para as empresas que não fazem parte do Remessa Conforme e cujas encomendas são pegas pela fiscalização da Receita Federal.

Inspeção

Após a chegada ao país, as mercadorias continuam a passar por inspeção não invasiva (como raio-x) para a confirmação de dados e a avaliação de mercadorias proibidas ou entorpecentes. Ao fim desse processo, as remessas liberadas podem seguir para entrega ao destinatário, com eventuais problemas nas informações ou nos pagamentos sendo corrigidos pontualmente.

O Remessa Conforme permite que a Receita Federal tenha à disposição, de forma antecipada, as informações necessárias para a aplicação do gerenciamento de risco das remessas internacionais, tendo mais tempo para definir as mercadorias escolhidas para fiscalização. As remessas são entregues mais rapidamente, com queda dos custos das atividades de deslocamento e armazenamento, o que traz ganhos aos operadores logísticos.

A lista das empresas que já aderiram ao Remessa Conforme pode ser conferida na página da Receita Federal na internet.

Fonte: CNN