Saúde

Governo do Estado e Ministério da Saúde fazem diagnóstico e investigação do surto de síndromes gripais no Amapá





Após solicitação do Governo do Estado, uma equipe com 10 técnicos do Ministério da Saúde (MS) está em Macapá acompanhando a situação de emergência na saúde pública do Amapá, que enfrenta um surto de síndromes gripais e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os profissionais estiveram no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e do Pronto Atendimento Infantil (PAI). 

O grupo acompanhou de perto a superlotação das unidades, e recebeu os dados atualizados de pacientes com a doença e a cobertura vacinal nos municípios, que chegou a 31% nesta terça, depois da mobilização feita pelo governo. A equipe ajudará no diagnóstico e investigação do surto, reforçando o Centro de Operações de Emergência (COE) do estado.

Além disso, o MS vai enviar kits de análise laboratorial e medicamentos, e mais especialistas, sendo 20 voluntários da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), que já estão mobilizados, entre eles médicos pediatras e intensivistas, enfermeiros e fisioterapeutas.

Pela manhã, a reunião com técnicos da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) resultou na elaboração de uma escala de monitoramento das unidades hospitalares, para acompanhamento presencial dos casos.

Entre as ações apresentadas já em andamento está a análise de 180 amostras que estão sendo enviadas ao Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), que é ligada à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA-MS).

O Hospital Universitário (HU) também foi foco da discussão, por ser uma alternativa potencial acessível para o problema enfrentado no atualmente. O HU tem capacidade para ampliar o quantitativo de leitos e assistência aos pacientes afetados pelas síndromes.

Para o assessor de gabinete do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e Urgência da Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Fausto Soriano, as medidas a serem adotadas precisam ser estudadas e diagnosticadas para frear o aumento de casos.

“Nós já temos em mente uma quantidade de profissionais que podemos trazer para o Amapá, mas as visitas vão nos guiar para a realidade e nos auxiliar a identificar a necessidade desses locais. E então podemos contabilizar a quantidade exata de profissionais e equipamentos e insumos que vamos distribuir”, completou Fausto Soriano.

Após a reunião, as equipes seguiram em monitoramento para verificar a situação de outras unidades de atendimento. Durante a tarde, o grupo seguiu para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) das Zonas Sul e Norte da capital, Hospital da Vila Amazonas, Hospital Estadual de Santana, e ao Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá (Lacen).

O mapeamento vai definir os principais setores onde vão atuar os voluntários. Durante as tratativas, os agentes do Ministério da Saúde destacaram a necessidade da ampliação da vacinação contra a gripe e a garantia de abastecimento, para evitar o aumento dos casos de infecções respiratórias agudas, que precisam de atendimento nos hospitais. 

 

- Prefeito de Santana decreta emergência em saúde pública após disparo de casos de gripe

O aumento dos casos de doenças respiratórias tem provocado uma sobrecarga no serviço de saúde. Município informou que apenas 35% de pessoas dos grupos prioritários foram imunizadas.

O prefeito Sebastião Bala Rocha (Progressistas) do município de Santana, distante cerca de 19 quilômetros de Macapá, decretou situação de emergência em saúde pública nesta terça-feira (16) após alta nos casos de internações de pessoas com sintomas gripais, principalmente de crianças. Apenas 35% do público prioritário se imunizou. 

O decreto foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial do município. A prefeitura de Santana informou que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceram consideravelmente e evoluem para formas mais graves e com a necessidade de hospitalização. 

Os 35% imunizados representam 28.774 doses aplicadas. Uma reunião foi realizada nesta terça (16) entre representantes da prefeitura, Ministério Público, Vara da Infância e Adolescência, Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), além de gestores da saúde do Estado. 

“Precisamos, de fato, manter a vacinação atualizada contra a influenza e a Covid-19. A gente deve lembrar que essa vacinação não deve acontecer se a criança estiver doente. Ela deve estar sem sintomas gripais. Mas a gente não pode deixar de vacinar e atingir o nosso objetivo, que é imunizar mais de 90% da nossa população-alvo, e diminuir cada vez mais a ocorrência de casos graves”, disse o prefeito Sebastião Bala Rocha.  

Medidas anunciadas pelo município: 

  • Ampliação dos grupos prioritários para vacinação contra a Influenza, especialmente, as crianças de 6 meses a menores de seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias)
  • Ampliação dos horários de funcionamento das UBS’s
  • Intensificação das ações de vacinação em áreas da Estratégia Saúde da Família (ESF), com busca ativa, de casa em casa, do público alvo
  • Pontos itinerantes de vacinação nos supermercados Santa Lúcia e Fortaleza, funcionando em horário especial (de 8h as 18h)
  • Vacinação nas creches e escolas do fundamental I (públicas e privadas)
  • Vacinação volante, de segunda à sexta, de 8h às 12h e 15h às 18h

A vacinação ocorre nas Unidades Básicas de Saúde e policlínicas do município, de segunda à sexta-feira, das 8h às 19h, além de pontos itinerantes. 

Já aos sábados, quatro postos de saúde acolhem o público, conforme divulgação realizada no portal da Prefeitura. 

Documentos necessários:

As pessoas que vão receber o imunizante precisam apresentar o cartão de vacina, o cartão do SUS e um documento de identificação com foto. 

A vacina também está disponível nas Unidades Básicas de Saúde das regiões rurais e ribeirinhas. 

 
Fonte: g1 AP - Portal Governo do Amapá