Economia

Mercado estima inflação em 5,64% e PIB de 3,04% em 2022





O mercado financeiro diminuiu pela 3ª semana consecutiva a estimativa da inflação de 2022. Antes previsto em 5,76%, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) agora é estimado em 5,64%.

As estimativas para o IPCA estão acima das metas da inflação estabelecidas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para 2022, de 3,5% com intervalo de tolerância de no máximo 5%.

As perspectivas foram publicadas no Boletim Focus desta 2ª feira (26.dez.2022).

O relatório do BC (Banco Central) é publicado às 2ªs feiras e resume desde 2000 as projeções estatísticas de analistas consultados pela autoridade monetária. É possível conhecer as instituições que mais acertam aqui.

Caso os números sejam confirmados, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, terá que enviar uma carta pública explicando o motivo do descumprimento do objetivo inflacionário. Segundo a lei que autorizou a autonomia do BC, é dever central da autoridade monetária assegurar o poder de compra da população.

Campos Neto já precisou dar explicações em 2021, quando a inflação chegou a 10,06% e a meta era de 3,75%. O presidente do BC justificou que o petróleo e a energia pressionaram o índice de preços. Leia aqui a íntegra.

Segundo o Focus, em 2023 é esperado que a inflação fique em 5,23%. É a 2ª semana consecutiva que a projeção tem alta. A meta do próximo ano para o índice de preços é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Já nas estimativas do PIB (Produto Interno Bruto) de 2022, houve queda, de 3,05% para 3,04%. Para o próximo ano, a projeção ficou estável em 0,79%.

Estabilidade também foi registrada nas perspectivas do câmbio deste ano. O dólar deve ficar em R$ 5,25 em 2022. Já para 2023, a estimativa saiu de 5,26% para 5,27%, na 2ª alta consecutiva.

 Para os economistas, a taxa de juros brasileira deve continuar alta. Preveem que 2023 terá uma Selic de 12% ao ano.

Em dezembro, o BC manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%.

 

Fonte: Poder360