O Brasil registrou 51 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, como mostra o boletim divulgado hoje (29) pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença causou 685.978 óbitos em todo o país.
Pelos dados da pasta, houve 9.541 diagnósticos positivos para a covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados desde março de 2020 chegou a 34.663.731.
De acordo com o governo federal, houve 33.847.842 casos recuperados no Brasil até o momento, com outros 129.911 em acompanhamento.
O Ministério da Saúde informou que conclui, nos próximos dias, a distribuição de cerca de 1 milhão de doses de vacinas contra a covid-19. O imunizante CoronaVac, segundo a pasta, já passou por todas as etapas de certificação necessárias e chega aos estados pronto para utilização.
Um balanço da pasta mostra que, desde o início da campanha de vacinação, cerca de 520 milhões de doses foram enviadas aos estados e ao Distrito Federal. Os imunizantes são distribuídos de acordo com solicitação feita pelas secretarias estaduais de Saúde, responsáveis por direcionar as vacinas aos municípios.
Até o momento, de acordo com o ministério, 483 milhões de doses foram aplicadas e 166 milhões de pessoas estão com o esquema vacinal completo - duas doses ou dose única-, o que equivale a 78% da população.
Por meio de nota, a pasta destacou que a média móvel de mortes por covid no país está no menor patamar desde abril de 2020.
“Para manter os índices em baixa, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de todos os públicos elegíveis buscarem postos de vacinação para completar o calendário vacinal primário, além da aplicação das doses de reforço”,diz a nota.
- Covid-19: Menores de 5 anos têm queda mais lenta em internações
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) corrigiu hoje (29) informações divulgadas ontem (28) pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), sobre internações de crianças menores de 5 anos com covid-19. Diferentemente do informado ontem, as hospitalizações de bebês e crianças nessa faixa etária não representam quase metade de todas as internações por covid-19 no país. O percentual correto é de 8,5%.
Segundo a correção, as internações também não superaram as de idosos. Na reportagem publicada ontem (28), a Agência Brasil havia destacado essa informação, porque os maiores de 60 anos são considerados grupo de risco para agravamento da covid-19. Os dados corretos indicam que houve 2.205 internações pediátricas nessa faixa etária entre 17 de julho e 10 de setembro, enquanto as de pessoas com 60 anos ou mais somaram 17.331.
O Observa Infância manteve a avaliação de que, com o avanço da vacinação entre adolescentes, adultos e idosos, as taxas de hospitalização caíram de forma mais lenta nas crianças menores de 5 anos. Enquanto entre os idosos houve redução de 325% na média diária de óbitos por covid-19, para os menores de 5 anos essa queda foi de 250%.
Com a queda mais lenta, a proporção de crianças de até 5 anos no total de internações cresceu de 5,6%, no primeiro semestre do ano, para 8,5%, de 17 a 10 de setembro, segundo dados dos Boletins Epidemiológicos Especiais: Covid-19 (SVS/Ministério da Saúde).
De acordo com os pesquisadores da Fiocruz, até 23 de setembro, somente 2,5% dos bebês e crianças com menos de 5 anos havia recebido a vacina, e, segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde, o número de doses aplicadas nessas crianças não chega a 1 milhão. Para bebês de 6 meses a 2 anos, a Anvisa já aprovou o uso da Pfizer pediátrica, em 16 de setembro, mas a vacinação ainda não começou.
"A cada dia que passamos sem vacinas aplicadas nessa faixa etária, mais de uma criança morre por covid-19 no Brasil", afirma Cristiano Boccolini, pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz.
- Ministério da Saúde recebe remédios para fase inicial da covid-19
O Ministério da Saúde recebeu hoje (29) um lote de Paxlovid, antiviral de uso oral indicado para tratamento inicial da covid-19. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro Marcelo Queiroga disse que o medicamento será distribuído para as unidades básicas de saúde e ficará disponível para pacientes acima de 65 anos de idade com alto risco de desenvolver formas graves da doença.
O remédio, composto por nirmatrelvir e ritonavir, é indicado para o uso nesses pacientes, assim que possível, a partir do resultado positivo para covid-19 e no prazo de cinco dias após início dos sintomas, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O medicamento foi aprovado pela Anvisa, para uso emergencial, em março deste ano.
“Agora, com a chegada dessa medicação, teremos mais um medicamento para os médicos que, com autonomia, poderão prescrever naqueles casos que estão indicados dentro do manual do uso”, disse Queiroga.
Na entrevista à Voz do Brasil, Queiroga também falou sobre campanha de vacinação contra a poliomielite. Ele disse que apenas 6,2 milhões de crianças, de um total de 15 milhões de menores de cinco anos de idade, foram vacinadas contra a pólio, também conhecida como paralisia infantil. A meta do Ministério é imunizar pelo menos 14,3 milhões, ou seja, 95% do público-alvo, portanto ainda falta aplicar a vacina em cerca de 8 milhões para se atingir a meta.
“Ainda está muito aquém dessa meta e é necessário um empenho redobrado para trazermos essas crianças para a sala de vacinação. Essa doença foi erradicada no Brasil em 1994. E nós não queremos mais poliomielite”.
A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite foi estendida até amanhã (30). Queiroga explicou, no entanto, que mesmo após o fim da campanha, as vacinas continuarão disponíveis nos postos de saúde. “É inaceitável que crianças sofram por doenças que são evitáveis por vacinas”, disse.
Junto com a campanha de imunização contra a pólio, também está sendo realizada uma campanha de multivacinação para crianças e adolescentes até 15 anos de idade, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal no país.
“O sarampo foi reintroduzido [no país] em 2019. Temos trabalhado fortemente para erradicar o sarampo no Brasil. A febre amarela também é motivo de preocupação”, disse o ministro.
Queiroga afirmou ainda que 50 mil doses de vacina contra varíola dos macacos estão chegando ao Brasil, para serem aplicadas em um grupo específico de pessoas.
Fonte: UOL - Agência Brasil