Polícia

Policial civil que atirou em bar responderá por processo administrativo e judicial





O agente da Polícia Civil Sanderlei Almeida Barreto que atirou contra clientes e feriu seis pessoas em um bar, no dia 1º de agosto, responderá por processo administrativo e judicial, informou a corporação. Ele está preso desde a última sexta-feira (09), no Centro de Custódia do bairro Zerão, na Zona Sul de Macapá.

O inquérito policial deverá estar pronto em 10 dias, a contar da prisão do agente. Ele deverá ser indiciado por tentativa de homicídio duplamente qualificado, periclitação e ´por vias de fato.

De acordo com o corregedor-geral da Polícia Civil, delegado Sávio Pinto, o Código de Ética do órgão não considera “grave” a tentativa de homicídio de Sanderlei e por conta disso ele não foi expulso do cargo.

O regimento diz que a expulsão imediata só ocorre quando o agente comete um crime gravíssimo no exercício de sua função ou quando a Justiça condena o policial pelo crime em, no mínimo, quatro anos. No caso de Sanderlei, ele não estava de folga no momento do tiroteio e não teve o crime considerado grave.

Porém, a corregedoria informou que a Justiça pode julgar o caso e determinar a expulsão do agente.

Em depoimento, o agente disse que atirou no bar durante após ser agredido por seguranças do local. A arma calibre 40, de uso pessoal, foi apreendida. Dois músicos, um vendedor de bombos, dois clientes e uma garçonete ficaram feridos durante o ato de “fúria” do policial.

Outras condenações

Sanderlei trabalha há 27 anos na corporação e já se envolveu em outras questões polêmicas associadas ao uso de arma de fogo. Em 2010, o agente sacou uma arma e atirou duas vezes contra um homem. Sua condenação por lesão corporal grave ocorreu somente em 2015, quando ele teve que cumprir pena de 2 nos no regime semiaberto, logo após sendo convertida para multas e medidas socioeducativas.

Ainda em 2015, o agente teria sido flagrado dirigindo alcoolizado, sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e sem a carteira de porte de arma. Ele foi condenado em um ano pelo crime.