Saúde

Covid: 167,8 milhões de brasileiros completam vacinação, 78,1% da população





O Brasil alcançou a marca de 167,8 milhões de habitantes com vacinação completa contra a covid-19. Ao todo, 167.848.116 brasileiros tomaram a segunda dose ou a dose única de imunizante, o equivalente a 78,13% da população nacional. Os dados foram compilados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nas informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.

Entre ontem e hoje, 57.232 pessoas foram vacinadas com a segunda dose. Também foram aplicadas 22.916 primeiras e 507.949 de reforço.

 

Como houve uma revisão de dados no Ceará, o total de doses únicas aplicadas em todo o país nas últimas 24 horas ficou negativo: -6.251.

Até aqui, 179.233.608 brasileiros receberam a primeira dose, o que representa 83,43% da população nacional. Já são 96.320.931 habitantes imunizados com a terceira dose e 15.602.886 com a quarta.

Com relação à vacinação infantil, 13.051.509 crianças entre 5 e 11 anos tomaram a dose inicial, o correspondente a 63,67% da população desta faixa etária; 8.031.160 concluíram o ciclo vacinal (39,18%).

Desde as 20h de ontem, 21 estados atualizaram seus dados sobre vacinação.

Em termos percentuais, o estado de São Paulo se mantém na liderança entre aqueles com a maior parcela da população com vacinação completa: 87,23% de seus habitantes. Piauí (87,16%), Ceará (83,5%), Paraná (81,55%) e Rio Grande do Sul (80,4%) aparecem na sequência.

O Piauí continua em primeiro lugar, proporcionalmente, quanto à aplicação da primeira dose: 93,44% da população local. A seguir, estão São Paulo (90,07%), Ceará (87,32%), Paraná (86,05%) e Pernambuco (85,06%).

 

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- Covid-19 pode baixar níveis de testosterona, afetando espermatozoides, diz estudo

Proteína Spike, utilizada pelo vírus para a invasão das células humanas, está associada com níveis mais baixos de testosterona

Doença de transmissão respiratória, a Covid-19 pode causar impactos ao organismo que vão além dos danos aos pulmões e do trato respiratório. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) investigam, de maneira contínua, as alterações hormonais e inflamação nos testículos provocadas pelo coronavírus.

Um estudo experimental apontou que proteína Spike, estrutura utilizada pelo vírus para a invasão das células humanas, está associada com níveis mais baixos de testosterona. Os pesquisadores da USP identificaram também que a quantidade e qualidade dos espermatozoides diminuiu em parte dos pacientes, que são acompanhados em pesquisas clínicas e laboratoriais.

De acordo com o pesquisador Jorge Hallak, professor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, as alterações também foram detectadas em pacientes com quadros leves e moderados da doença.

“Isso não foi associado como em outras patologias e outros fatores que nós estudamos no passado, por exemplo, o cigarro e a maconha”, afirma Hallak, um dos autores do estudo, em comunicado. “O vírus SARS-CoV-2 tem uma predileção por sistemas e células que têm um tipo de receptor [ACE2], ou seja, que tem uma ligação na célula […] geralmente pela proteína S”, explica o professor.

Diferentes sistemas do organismo humano apresentam esse receptor, incluindo o sistema respiratório, geralmente impactado pela infecção. As ligações entre o vírus e a célula ocorrem como um modelo de chave e fechadura.

No caso do sistema reprodutivo masculino, diferentemente do feminino, há a presença da proteína TMPRSS2, que também permite a entrada do vírus causador da Covid-19 na célula.

Os pesquisadores da USP avaliam que essa diferença pontual possa estar relacionada a uma maior resistência das mulheres aos quadros graves da doença.

Baixa da testosterona

Os especialistas estudam o tempo de recuperação após a queda dos níveis hormonais e se outras proteínas estão associadas ao quadro. Análises preliminares apontam uma média de nove meses.

O grupo de pesquisa investiga a ação da proteína N. Em testes com ratos, que têm alta taxa reprodutiva, a proteína diminuiu a testosterona. “Para afetar um sistema hormonal de um animal que tem essa capacidade biológica de reprodução, é muito significativo o impacto”, diz o pesquisador.

Impactos para o testículo

Em estudos anteriores, os cientistas identificaram que o coronavírus é capaz de invadir todos os tipos de células dos testículos, causando lesões que podem prejudicar a função hormonal e a fertilidade masculina.

Para chegar ao resultado, os especialistas realizaram a autópsia dos tecidos testiculares de 11 pacientes, com idade entre 32 e 88 anos, que morreram devido a complicações da Covid-19. O estudo é coordenado pelos professores Paulo Saldiva e Marisa Dolhnikoff, da Faculdade de Medicina da USP.

“Vimos por microscopia eletrônica que o coronavírus invadiu todas as células do testículo. O vírus está presente nas células que produzem espermatozoides, chamadas Sertoli, nas células que produzem testosterona, chamadas de Leydig, nos vasos sanguíneos e no arcabouço que dá suporte ao testículo”, explica Hallak.

As análises mostraram uma série de lesões, possivelmente associadas às alterações inflamatórias, que reduzem a produção de espermatozoides e hormônios. A queda na atividade pode estar relacionada a lesões e formação de trombose, que reduzem a oxigenação dos tecidos de estruturas onde os espermatozoides são produzidos.

Fonte: UOL - CNN Brasil