Mais uma ocorrência de crime bárbaro foi registrada no Amapá na madrugada desta quinta-feira (06). Um jovem identificado como Gil Soares Silva, de 23 anos, foi encontrado morto com as mãos amarradas e sem cabeça dentro de uma residência, localizada no bairro Congós, Zona Sul de Macapá.
De acordo com o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), o corpo foi encontrado pela companheira, que acionou o 190. À polícia, a mulher informou que estava na casa de sua mãe, que fica na região, quando ouviu disparo de arma de fogo. Ao entrar em sua residência, encontrou Gil Soares em um dos cômodos. Ele teve a cabeça arrancada e levada pelo assassino.
A Polícia Militar (PM) realizou buscas pela região, mas até o fechamento desta matéria, ninguém havia sido preso. Uma equipe da Polícia Técnico-Científica (Politec) foi acionada para fazer a remoção do corpo e perícia no local.
A esposa não soube repassar maiores informações sobre o caso e os vizinhos não quiseram se manifestar. A Polícia Civil está investigando o crime.
Este é o segundo caso de decapitação registrado no estado em menos de cinco dias. O primeiro ocorreu num ramal entre os municípios de Santana e Mazagão, na noite do último sábado (1º). Na ocasião, um adolescente, de 17 anos, foi torturado e teve a cabeça cortada por quatro pessoas, que filmaram toda a ação.
Eles foram presos no mesmo dia após uma viatura da PM abordá-los em via pública. Ao serem interrogados por estarem sujos de sangue e em posse de armas de fogos, os suspeitos confessaram o crime que haviam cometido. Dos quatro envolvidos, três estão presos no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Envolvimento com facções
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um suspeito apontando uma arma de fogo para a cabeça de uma pessoa, que possivelmente é de Gil Soares. Na ocasião, com a voz alterada, o suspeito frisa que a morte foi causada por rivalidade entre facções.
A situação se repete também nos vídeos gravados pelos suspeitos de torturar e decapitar o adolescente no fim de semana. Na gravação, eles pedem para que a vítima diga o nome de uma facção e que convoque outras pessoas para fazer parte dela.
A Polícia Civil informou que no caso do adolescente, os envolvidos relataram que receberam ordem de dentro do Iapen para cometer o crime. O suspeito que dirigia o táxi disse que foi o mentor do local do crime e da armação para atrair a vítima.
Ainda com poucas informações, a Polícia Civil segue investigando os casos de mortes com requintes de crueldade. Até o momento, não foi informado se os casos têm relação.