O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pede que se mantenha vigilância sobre infecções pelo coronavírus, que vírus está se espalhando com queda no número de testes., fez um apelo nesta terça-feira (26)para que os países mantenham a vigilância sobre infecções pelo novo coronavírus, dizendo que o mundo está "cego" para como o vírus está se espalhando, por conta da queda nos números de testes.
"Enquanto muitos países diminuem a testagem, a OMS vem recebendo cada vez menos informações sobre transmissões e sequenciamento", disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus em entrevista coletiva na sede da agência integrante da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, na Suíça.
"Isso nos torna cada vez mais cegos aos padrões de transmissão e evolução", acrescentou.
Bill Rodriguez, diretor executivo do Find, um grupo global de auxílio que trabalha com a OMS na expansão do acesso a testes, disse que "as taxas de testagem despencaram".
"Temos uma habilidade sem precedentes de saber o que está acontecendo. E hoje, já que a testagem é a primeira vítima da decisão global de baixar a guarda, estamos nos tornando cegos para o que está acontecendo com o vírus",afirmou Rodríguez.
- Quase 200 casos de hepatite aguda grave são registrados em crianças
Cerca de 190 casos inexplicáveis de hepatite aguda grave foram relatados em crianças em todo o mundo, disse o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) nesta terça-feira (26).
O surto foi divulgado pela primeira vez este mês no Reino Unido --que registrou 111 casos, principalmente em crianças menores de 10 anos-- e desde então foi identificado em pelo menos 12 países.
Cerca de 40 casos foram registrados na União Europeia e no Espaço Econômico Europeu, disse a diretora do ECDC, Andrea Ammon, a repórteres em um briefing virtual. Estados Unidos e Israel também tiveram casos.
O ECDC está investigando juntamente com as autoridades nacionais e a Organização Mundial de Saúde (OMS). A hepatite grave, ou inflamação do fígado, é rara em crianças saudáveis.
Os novos casos não apresentam os vírus normalmente responsáveis pela inflamação aguda do fígado --hepatite A, B, C, D e E.
Segundo a OMS, 17 crianças precisaram de transplantes de fígado como resultado da doença recente. Uma criança morreu.
Ammon disse que as investigações até agora apontavam para uma ligação à infecção por um adenovírus, uma família de vírus comum que pode causar sintomas semelhantes aos da gripe ou infecção gastrointestinal.
Ela disse que a teoria de que as restrições da covid-19 podem ter enfraquecido a imunidade das crianças, porque elas foram menos expostas a patógenos comuns enquanto estavam isoladas, é uma das várias que estão sendo consideradas.
Qualquer ligação com a vacinação contra a covid-19 foi descartada.
Fonte: Agência Brasil