Os resultados das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 serão divulgados no dia 11 de fevereiro do ano que vem. A data foi confirmada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela realização do exame, durante entrevista coletiva.
De acordo com o presidente do Inep, Danilo Dupas, o comparecimento neste domingo (28), segundo dia de provas, foi de 70%. Dupas também confirmou que está aberto o prazo para que os estudantes que não compareceram aos locais de prova por problemas logísticos ou por doenças infectocontagiosas, como a covid-19, peçam a reaplicação do Enem 2021, por meio da página do participante no site do Ineo.
Durante a coletiva, o delegado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti, informou que foram cumpridos 31 mandados de prisão nos locais de prova. O alvo foram pessoas acusadas de tráfico de drogas, cárcere privado e estupro de vulnerável, entre outros crimes. Duas pessoas foram presas pela tentativa de uso de ponto eletrônico em dois locais de prova.
O transporte dos malotes com as provas foi concluído em todo o país, pelos Correios, em duas horas e 41 minutos.
Na avaliação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, a sociedade e a educação brasileiras saíram ganhando com a realização do Enem.
“Saiu ganhando porque, como era o previsto, e nós havíamos dito, a questão do Enem haveria de ter toda seriedade, toda transparência e toda a competência, que é própria dos servidores do MEC, dos Correios e da Policia Federal”, afirmou. O gabarito oficial e os cadernos de questões serão divulgados depois de amanhã (1º) pelo Inep.
- Ribeiro critica questões “desnecessárias” e volta a negar interferência no Enem
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, criticou nesta 2ª feira (29.nov.2021) questões que chamou de “desnecessárias” e voltou a negar que haja interferência no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Ribeiro afirmou que se pudesse interferir no exame, poderia “até analisar algumas questões” que diz considerar “desnecessárias ainda”. Mas diz: “Não fiz isso”.
A prova foi realizada nos 2 últimos domingos (21 e 28.nov) e teve 2,2 milhões de participantes. Houve abstenção de 30% dos vestibulandos. O gabarito da prova será divulgado na 4ª feira (1º.dez) e o resultado do Enem, em 11 de fevereiro.
“Quando os educadores tiveram acesso ao conteúdo, verificaram o mesmo padrão [das provas anteriores]. Simplesmente, não houve, não acontece”, disse Ribeiro.
Há 2 semanas do Enem, 37 servidores pediram demissão de cargos no Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) alegando “fragilidade técnica e administrativa”, “falta de comando técnico” e “clima de medo e insegurança” da atual gestão. A Assinep (Associação dos Servidores do Inep) acusou formalmente a atual gestão do órgão de interferir no Enem.
No começo de novembro, Bolsonaro também foi criticado depois de dizer que agora as questões do exame “começam a ter a cara do governo” e que a prova não repetirá “absurdos” do passado.
O ministro também criticou congressistas de oposição que, segundo Ribeiro, “tentaram barrar” a realização do exame. Disse que eles “tentaram frustrar o sonho de milhões de alunos que se prepararam durante toda essa pandemia”.
Deputados da oposição defenderam a convocação do ministro. Milton Ribeiro compareceu à Câmara dos Deputados antes de ser convocado. Ele chegou ao encontro no momento em que os congressistas discutiam um requerimento para sua convocação.
Além do ministro, participaram do evento: o presidente do Inep, Danilo Dupas; o presidente dos Correios, Floriano Peixoto; e o coordenador-geral de Polícia Fazendária, delegado Cléo Mazzotti.
O número de inscritos e os valores pagos pelo governo para realizar o Enem despencaram com a gestão do presidente Jair Bolsonaro e as consequências da pandemia de covid-19.
Em 2021, 3.109.762 candidatos se cadastraram para realizar a prova –menor número desde 2005, quando foram 3.004.491.
O valor gasto pelo governo com a avaliação também vem caindo ano a ano, acompanhando a queda de inscritos. O custo médio por candidato chegou a R$ 95,27 em 2018, último ano do governo Temer. Em 2020, sob Bolsonaro, caiu para R$ 40,49. Em 2021, R$ 41,55 –mas esse número ainda pode mudar, se atualizado pelo governo depois da realização do exame.
Fonte: Agência Brasil - Poder360