Segundo o ministro da pasta, Milton Ribeiro, foram repassados R$ 360 milhões para mais de 4 mil escolas selecionadas pelo projeto.
De acordo com o ministro, a nova opção curricular do ensino médio vai priorizar áreas estratégicas para o país e direcionar a jornada estudantil com destino à universidade.
“O novo ensino médio não pode ser para poucos, e seguiremos atentos, trabalhando efetivamente para diminuição das desigualdades em nosso país”, afirmou.
Com os chamados itinerários formativos, após concluir a formação curricular básica, cada estudante vai escolher a área em que deve seguir, de acordo com os interesses e necessidades pessoais.
Os itinerários se dividem em cinco: matemáticas e suas tecnologias, linguagens e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e sociais aplicadas.
O quinto itinerário prevê a formação técnica e profissional.
Um brasileiro foi o vencedor do Young Innovator Prize (Prêmio Jovem Inovador) oferecido pelo 6º Fórum de Jovens Cientistas do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O contemplado, João Pedro Novochadlo, de 29 anos, apresentou a startup Veever, um aplicativo mobile que utiliza tecnologia de microlocalização e inteligência artificial para facilitar a interação e locomoção de pessoas com deficiência visual em ambientes internos e externos.
“Como minha temática é sobre acessibilidade e inclusão, fiquei muito surpreso e ao mesmo tempo muito feliz em ver que um projeto voltado para isso, para inclusão de pessoas com deficiência acabou se sagrando vencedor. Isso é um bom sinal de que, de fato, o mundo está pensando nisso, que a acessibilidade e inclusão não é opção, isso precisa ser mandatório e eu acredito que cada vez mais, com mais fomentos, com apoio do Governo, com apoio das instituições, com apoio das universidades, a gente vai conseguir tornar esse mundo cada vez melhor”, destacou Novochadlo. Ele recebeu o prêmio no valor de US$ 25 mil.
A delegação brasileira, chefiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), foi composta por 19 jovens cientistas selecionados com o apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
O Fórum de Jovens Cientistas do BRICS tem o objetivo de promover o intercâmbio de conhecimento e boas práticas entre jovens pesquisadores dos países que integram o grupo.
“O Fórum de Jovens Cientistas do BRICS é uma excelente oportunidade para os pesquisadores em início de carreira do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul possam se encontrar, apresentar seus trabalhos, trocar experiências do que estão pesquisando e também criar novas redes, novos grupos de colaboração”, destacou o coordenador-geral de Cooperação Multilateral do MCTI, Carlos Matsumoto, que chefiou a delegação.
Os brasileiros participam com projetos nas áreas de cuidados da saúde, soluções em energia e sistemas ciber-físicos. “Eu fiquei muito impressionado com a criatividade, a dedicação e a paixão que esses jovens cientistas, esses jovens empreendedores colocam nos seus projetos, nos seus negócios. Pude ver projetos em diferentes estágios de desenvolvimento tecnológico, mas bastante interessante porque eles estão realmente concentrados e preocupados em oferecer soluções para os problemas da sociedade baseada em ciência e na tecnologia, cuidando das pessoas por meio de projetos bastante inclusivos e também preservando o ambiente dentro de um contexto de sustentabilidade”, ressaltou o professor Antonio Gomes de Souza Filho, da Universidade Federal do Ceará (UFC) e membro da Academia Brasileira de Ciências.
Neste ano, o evento foi organizado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Índia, na cidade de Bengaluru, mas por conta do coronavírus, ocorreu de forma virtual.
Fonte: Agência Brasil - Gov.br