Um dos suspeitos morreu durante tiroteio com o Bope. Sindicato dos rodoviários realizaram protesto no centro da Capital.
Redação
Um motorista de transporte coletivo, identificado como Paulo Sergio dos Santos, de 50 anos, foi morto com um tiro na cabeça durante um assalto a um terminal rodoviário, localizado no bairro Universidade, Zona Sul de Macapá. O caso aconteceu na tarde de sexta-feira (26). A gravidade do crime provocou uma manifestação dos rodoviários na praça da bandeira, centro da capital.
Segundo informações de testemunhas, dois jovens renderam as pessoas que estavam no local e anunciaram o assalto, levando celulares e carteiras. O funcionário da empresa Expresso Marco Zero havia chegado no terminal para trabalhar quando foi surpreendido pela dupla. Mesmo sem esboçar reação, a vítima foi baleado e morreu na hora.
Os suspeitos fugiram logo em seguida para uma área de mata, conhecida como “Gruta”. A Polícia Militar (PM) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram acionados para atender o caso.
Em patrulhamento, policiais do Bope encontraram um dos suspeitos na Rua Carlos Drummond de Andrade, no bairro Congós. Houve troca de tiros e o suspeito, identificado como Marcos Almeida Coutinho, morreu após ser atingido. Até o fechamento desta matéria, o segundo suspeito continuava desaparecido.
O motorista atuava há 20 anos em transportes coletivos. A família esteve no local do crime. A população se revoltou com o ocorrido e relatou que diariamente ocorrem assaltos na região. Motoristas informaram que não há segurança no terminal, fazendo com que eles realizem a parada dos transportes coletivos em uma arena esportiva do bairro.
Em entrevista coletiva, o delegado-geral da Polícia Civil, Uberlândio Gomes informou que o disparo na cabeça de Paulo Sérgio ocorreu após uma coronhada dada pelo suspeito que está foragido. Ao todo, cinco pessoas foram vítimas da ação dos suspeitos.
“Quando ele [suspeito] se aproximou da vítima para praticar o assalto, o motorista disse que não tinha nada, nenhum pertence. Nesse momento a arma de fogo disparou e ele veio a óbito no local”, explicou o delegado.
Protesto dos rodoviários
Após a morte de Paulo Sergio, trabalhadores de transportes coletivos, revoltados com a situação, se reuniram para fazer um protesto na praça da Bandeira, centro de Macapá. A classe trabalhista denunciou a falta de segurança no emprego e a ausência de resoluções por parte da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Com faixas e palavras de ordem, o Sindicato dos Condutores e Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Amapá (Sincottrap) posicionou cerca de 20 ônibus na frente da praça e relataram a insegurança existente no transporte público.
O presidente do sindicato, Genival Cruz, enfatizou alguns dos problemas enfrentados, entre eles os constantes assaltos. Ele frisou que exigências de segurança já foram apresentadas aos órgãos competentes, no entanto, o problema não foi amenizado.