Polícia

Juiz aumenta pena de empresário que matou modelo amapaense no DF





 

Empresário amapaense foi condenado a 9 anos de prisão em 2017, mas juiz do Distrito Federal retoma o caso e aumenta a pena para 13 anos, em regime fechado.

 

O empresário Carlos Humberto Pereira Montenegro, de 58 anos, acusado de matar a modelo amapaense Patrícia Melo, em janeiro de 2005, teve a pena aumentada em 4 anos, nesta segunda-feira (17). O empresário matou Patrícia arremessando-a do 14° (décimo quarto) andar do hotel onde estavam hospedados, em Brasília, Distrito Federal.

O juiz Walter André de Lima Bueno Araújo, da Vara de Execuções Penais, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), emitiu mandado de prisão definitivo contra o empresário amapaense. Ele foi condenado em 2017 pela morte da modelo Patrícia Melo.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), Montenegro empurrou Patrícia do 14º andar de um hotel na capital federal, depois que ela não correspondeu a um assédio sexual dele. A defesa do empresário sempre negou essa versão, alegando que a moça teria se jogado e que não há provas concretas do crime.

Em fevereiro de 2017, 12 anos após o crime, ele foi condenado a 9 anos de prisão em regime fechado, por um júri popular em Brasília, pela morte da amapaense. Após a condenação, a defesa entrou com diversos recursos.

Na ordem de prisão emitida na segunda-feira (17), o juiz manda cumprir a pena em definitivo pelo período de 13 anos de prisão em regime fechado, aumentando a pena do empresário em 4 (quatro) anos. A defesa do empresário tenta transferir o cumprimento da pena para Belém, onde ele tem familiares, mas isso ainda depende de abertura de vagas no sistema carcerário do Estado do Pará.

O crime

Segundo o MP, o crime ocorreu por volta de 6h30 de 7 de janeiro de 2005 em um hotel no Setor Hoteleiro Sul. O empresário teria matado Patrícia Melo de Oliveira, aos 22 anos, ao tê-la arremessado do 14º andar do hotel onde estavam hospedados. A perícia constatou que a modelo foi jogada de uma altura equivalente a 43 metros.

A morte foi causada pelas lesões do choque com o solo. O inquérito apontou que a vítima, que havia vencido um concurso de beleza no Amapá, trabalhou na empresa de Carlos Humberto Montenegro por dois meses. Ela teria pedido demissão em razão dos constantes casos de assédio sexual sofridos.

“O denunciado, contudo, descontente com a recusa, mas insistindo no propósito de tê-la a qualquer custo, houve por bem em trazê-la para Brasília, com o propósito dissimulado, vindo ambos a se hospedar no mesmo quarto, num hotel de luxo da capital. Ocorre, porém, que, como a vítima não cedeu ao assédio, recusando-se a com ele permanecer na cidade (não tinha completado nem 24 horas em Brasília), o denunciado, em revide, a lançou do alto do 14º andar do prédio, pela sacada do quarto abaixo”, diz um trecho da denúncia do Ministério Público.

 Redação