Nesta sexta-feira, 26 de março, é o Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia. A doença é uma desordem neurológica crônica caracterizada por episódios de crises convulsivas. Durante as crises, a pessoa perde a consciência, desmaia, apresenta tremedeira, salivação e pode se urinar. Os episódios convulsivos geralmente são curtos, mas caso ultrapassem 5 minutos é necessário procurar ajuda médica.
As causas da epilepsia podem ser primárias ou secundárias. A causa primária é quando o cérebro gerou a desordem por uma má formação ou questões genéticas; e secundária quando relacionada a lesões causadas por alguma doença, como meningite, tumor cerebral, isquemia, abscessos, entre outras.
De acordo com o neurocirurgião Isaias Cabral, a epilepsia carrega um estigma de preconceito há anos. Ainda é comum relacionarem a síndrome a problemas espirituais ou acharem que saliva transmite a doença
"A epilepsia não é, de maneira alguma, contagiosa. Esse mito começou faz muito tempo e é importe desmistificar para cessar o preconceito direcionado a pacientes epilépticos. A salivação produzida durante uma crise convulsiva não transmite a doença! É necessário amparar a pessoa em crise, deixar o mais confortável possível e esperar até que ela recobre a consciência ", disse o médico.
O diagnóstico é feito com base no histórico do paciente e exames de imagem (tomografia e ressonância) ou mapeamento cerebral. Após esses exames é possível determinar se a epilepsia é primária ou secundária e qual tipo de crise o paciente apresentará.
No Amapá, o tratamento ofertado pelo Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL) - unidade do Governo do Estado - é feito com medicações anticonvulsivantes e, se a epilepsia for secundária e reversível, o paciente é encaminhado para cirurgia realizada também na unidade.
Cabral completa que, além do tratamento medicamentoso, existem dietas especificas que ajudam a diminuir as crises convulsivas, mas que elas são indicadas a depender do quadro clínico de cada paciente. Evitar privação de sono, jejum prolongado e situações de estresse é essencial para auxiliar no controle dos episódios convulsivos.
O que fazer para ajudar alguém que esteja passando por uma crise epilética?
Fonte: Portal Governo do Amapá