O novo cronograma de entrega de vacinas contra a covid-19 divulgado hoje pelo Ministério da Saúde apresenta uma redução no número de doses previstas para o mês de abril. Das 57,1 milhões anunciadas na semana passada pelo então ministro Eduardo Pazuello, a previsão agora é de que 47,2 milhões sejam entregues.
Procurada pelo UOL, a pasta respondeu que não é responsável pela redução das doses e que o cronograma está sujeito alterações por parte dos laboratórios. "Esse cronograma é montado com base no quantitativo previsto e enviado à pasta pelos laboratórios e pode sofrer alterações de acordo com o fluxo de produção das vacinas pelos fabricantes", disse o ministério em nota.
Ainda de acordo com o comunicado, "para concretizar o envio dos imunizantes, a pasta depende da entrega efetiva das vacinas pelos laboratórios fabricantes" para repassar as doses ao estados de acordo com o PNI (Programa Nacional de Imunização).
O novo cronograma, que prevê a entrega de 47,2 milhões de doses, não traz as vacinas da Pfizer e reduz a previsão das doses fabricadas pela Fiocruz. De acordo com as informações enviadas pela pasta ao UOL, a previsão de entregas para abril é a seguinte:
Nessa soma não constam as 6,1 milhões de doses da Covax Facility previstas para serem entregues até maio e nem a vacina da Pfizer/BioNTech, cujas 13,5 milhões de doses serão distribuídas entre abril, maio e junho — a quantidade em cada mês não foi especificada.
Na comparação com os números anunciados na semana passada, houve redução em 8,9 milhões de doses na previsão da AstraZeneca/Oxford fabricada pela Fiocruz, e foi retirada 1 milhão de doses que estavam previstas para serem entregues pela Pfizer. O total anterior era de 57,1 milhões.
O cronograma do Ministério da Saúde divulgado hoje ainda mantém 8,4 milhões de doses (8 milhões da Precisa + 400 mil da Sputnik V), cujos imunizantes não têm liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Até o momento, mais de 29 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 já foram enviadas para todo o Brasil.
Fonte: UOL