Saúde

Governo fecha contratos com Pfizer e Janssen para compra de 138 mi de doses





O governo federal assinou hoje contratos com a Pfizer e a Janssen para a compra de 138 milhões de doses de vacina contra a covid-19. Serão 100 milhões da Pfizer e 38 milhões da Janssen —a maioria com entrega prevista para o segundo semestre de 2021.

A vacina da Janssen, de dose única, ainda não tem autorização para uso no Brasil, mas recebeu, em 18 de janeiro, uma certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que reconhece as boas práticas de fabricação da vacina. O certificado, entretanto, não é suficiente para a aplicação do imunizante no Brasil —a Anvisa aguarda o pedido de autorização de uso emergencial ou registro. Já a vacina da Pfizer foi a primeira a conseguir aprovação da Anvisa para uso definitivo no Brasil.

 

No início da semana, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, havia anunciado que o governo estava prestes a fechar os acordos de compra.

Veja o cronograma previsto de entrega das vacinas da Pfizer, divulgado pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (15):

  • Abril: 1 milhão de doses
  • Maio: 2,5 milhões de doses
  • Junho: 10 milhões de doses
  • Julho: 10 milhões de doses
  • Agosto: 30 milhões de doses
  • Setembro: 46,5 milhões de doses

A Johnson & Johnson, fabricante da Janssen, entregará os lotes da vacina somente no segundo semestre:

  • Entre julho e setembro: 16,9 milhões de doses
  • Entre outubro e dezembro: 21,1 milhões de doses

O ministro Pazuello admitiu que o cronograma poderá sofrer mudanças: "O cronograma previsto é para ser alterado. Quando a fabricante não entrega, quando a linha de produção para, quando acontece qualquer dificuldade na legalização das doses", afirmou ele, que será substituído no comando da Saúde pelo médico Marcelo Queiroga.

Pazuello deixa o cargo sob pressão depois de dez meses. Ele assumiu em maio de 2020 após a saída de Nelson Teich, que, por sua vez, havia substituído Luiz Henrique Mandetta — ambos deixaram o cargo por divergência com Bolsonaro em relação à condução do enfrentamento da crise sanitária. Queiroga será o 4º ministro da Saúde desde o início da pandemia.

 

Fonte: UOL