Saúde

Semana de Saúde na Fronteira define planos de cooperação contra as principais doenças vetoriais





 

“Passamos de um protocolo de intenções, para protocolo de práticas, tendo em vista que já estamos com os documentos que serão efetivados até o final deste ano”, destacou Dorinaldo Malafaia, superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS).

 

Entre 25 a 29 de junho, foi realizada a Semana de Saúde na Fronteira nas cidades de Oiapoque (Amapá) e Saint Georges (Guiana Francesa). O evento contou com a apresentação, pelas duas cidades, de seus métodos de protocolos, atendimentos, sistemas e tratamentos das doenças vetoriais de acordo com a legislação de cada país.

O evento faz parte do Acordo de Cooperação Técnica e Científica, firmado entre os governos brasileiro e francês, em 1996, com foco na atenção às populações da zona de fronteira. Os temas deste ano foram: o controle das doenças de transmissão vetorial, as sexualmente transmissíveis IST/HIV/AIDS e hepatites virais, assim como o atendimento de urgência e emergência na região.

Na oportunidade, foram estabelecidas as principais diferenças nas organizações de trabalho e, assim, se elaboraram planos de cooperação contra as principais doenças vetoriais. Teve, ainda, ações de campo, demonstração do trabalho de mapeamento e controle das doenças.

Dorinaldo Malafaia, superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS), disse que essa troca de experiências gerou a construção de instrumentos de cooperação entre as fronteiras através de um calendário de ações conjuntas em combate à malária.

“Esse calendário será executado a partir de agosto. Com as atividades estabelecidas no plano de ação, teremos uma sincronia nos dois lados da fronteira em relação ao combate ao mosquito e à malária, uma vez que, nesse período há uma incidência muito alta na região”, explicou Malafaia.

Sandrine Chentilly, representante da Coletividade Territorial da Guiana Francesa, destacou, por sua vez, a importância do protocolo de cooperação. “Esse evento permitiu conhecer nossas semelhanças e diferenças e, assim, podemos trabalhar juntos no combate a doenças vetoriais e em favor da saúde da população”, ressaltou.

Na quinta-feira, 28, houve uma Oficina de Vigilância em Saúde, na cidade de Saint Georges com profissionais da Agencia Regional de Saúde e da SVS. Na oficina, foram pontuadas a estrutura de cada organização, troca de informações epidemiológicas e apresentação do projeto Observatório Sentinela, que faz parte da Agência Epidemiológica na Fronteira, que visa monitorar as doenças vetoriais.

A partir desse encontro, outro plano de cooperação será instituído em setembro de 2018 com a proposta de construir uma agência epidemiológica na fronteira e implementar o projeto Sentinela na Guiana Francesa.

“Nessa edição da Semana de Saúde na Fronteira, tivemos um grande diferencial: passamos de um protocolo de intenções, para protocolo de práticas, tendo em vista que já estamos com os documentos que serão efetivados até o final deste ano”, destacou Dorinaldo Malafaia.

Redação