Cotidiano

Efeitos da crise: Em seis anos, Amapá perdeu 827 empresas





 

Número de empresas caiu 8,2%.O decréscimo no número de empresas no período de 2011 a 2016 é um reflexo da crise que atingiu o Brasil em 2014.

 

O número de empresas caiu 8,2% no Amapá em seis anos, onde 827 empreendimentos foram fechados neste período. Os dados são do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, em 2011, o Amapá tinha 8.302 empresas ativas e em 2016 o número caiu para 7.475. No entanto, o número de pessoas com algum tipo de renda aumentou 74,6% no mesmo período.

O decréscimo no número de empresas no período de 2011 a 2016 é um reflexo da crise que atingiu o Brasil em 2014. No Amapá, o comércio, setor predominante na economia local, registrou um decréscimo de 5,45%. Em 2011 existiam 4.395 empresas no estado, já em 2016 o número reduziu para 3.850.

Durante seis anos, a pesquisa coletou também as receitas da população. A quantidade de pessoas que possuem algum tipo de renda – contratação formal e informal - aumentou de 115.894 em 2011, para 123.355 em 2016. Em números percentuais houve um crescimento de 74,61%. Desse número, o comércio contribui com o crescimento de 11,5% durante o período.

A pesquisa também mostrou que no Amapá houve a predominância de trabalhadores com escolaridade média. Os únicos setores que o número supera quando se fala em escolaridade são o de Administração Pública, Segurança e Seguridade Social.  

No Brasil houve uma redução de 64,3 mil empresas em 2016, uma queda de 1,3% em relação ao ano anterior. As de maior porte, com 250 pessoas ou mais, foram as que mais reduziram em número de empresas, 5,4%, e no total de salários e outras remunerações, 3,9%, em termos reais.

O CEMPRE mostrou, também, que a população assalariada com diploma cresceu 1,6% em 2016, em um mercado de trabalho formal em que predominam trabalhadores sem nível superior (78,3% do total). A participação de pessoas com nível superior ocupadas vem aumentando, apesar da queda no número de pessoal ocupado.

No entanto, o Brasil registrou queda na ocupação, principalmente nas atividades mais intensivas em mão de obra, como a construção, menos 512,6 mil pessoas, a indústria de transformação, menos 393,7 mil e o comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, menos 273,4 mil. O salário médio mensal, que ficou em R$ 2.661,18, foi a única variável que aumentou, 0,7%, já descontada a inflação.

Além da queda no pessoal assalariado, a quantidade de sócios e proprietários também retraiu, ainda que menos, 1,3%.

Sobre a pesquisa

O Cadastro Central de Empresas - CEMPRE - é formado por empresas e outras organizações e suas respectivas unidades locais. Sua atualização ocorre anualmente, a partir das pesquisas econômicas anuais do IBGE, nas áreas de Indústria, Comércio, Construção e Serviços, e de registros administrativos, como a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS.

Redação