Política

Bolsonaro: Lula iniciou campanha, mente e não tem nada de bom pra mostrar





O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à atuação do governo na pandemia da covid-19. Bolsonaro afirmou que Lula mente, está em campanha e não tem nada de bom para mostrar.

"Não faltou recurso [para o combate à pandemia do coronavírus]. O governo federal fez a sua parte. Então não vale essa crítica do Lula, que agora inicia uma campanha [eleitoral]. E como não tem nada de bom para mostrar, e essa é uma regra do PT, a campanha deles é baseada em criticar, mentir e desinformar. Nada além disso. Ele não sabe o que fala, não tem argumentos e, pra mim, vai ficar tagarelando", afirmou Bolsonaro, durante entrevista à CNN Brasil.

Na segunda-feira (8), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin anulou todas as condenações impostas ao ex-presidente Lula pela 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão torna Lula elegível novamente, mas precisa ser confirmada pelo Plenário do STF.

Mais cedo, em discurso durante coletiva de imprensa, Lula criticou a gestão de Bolsonaro. "O governo que não cuida da economia nem da saúde", entre outras áreas. "Este país não tem governo, este país não cuida da economia, não cuida do emprego, não cuida do salário, não cuida da saúde, não cuida do meio ambiente, não cuida da educação, não cuida do jovem, não cuida da menina da periferia", afirmou o petista.

"Lula está comemorando cedo demais"

À CNN, Bolsonaro também disse que a decisão de Fachin ainda precisa passar pelo Plenário do STF.

"Lula está comemorando cedo demais. Vai para o Plenário essa decisão do Fachin", completou o chefe do Executivo.

"Das partes que ouvi [do pronunciamento], Lula está em plena campanha política. Pra ele tudo é fácil, tudo pode ser resolvido. Em nenhum momento ele falou que seus governadores de esquerda destruíram a economia, obrigando o povo ficar em casa. Lula fez proselitismo, campanha política, como se tudo fosse resolvido e o Brasil seria um mar de rosas", acrescentou.

Essa foi mais uma crítica de Bolsonaro às medidas de isolamento social. Entretanto, entidades científicas, inclusive do próprio governo federal, defendem restrições para enfrentar a segunda onda do novo coronavírus.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) quer "medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais". A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB) querem "lockdown em algumas situações críticas e em alguns locais" porque ela tem "efetividade".

Fonte: UOL