Cotidiano

Qualidade de produtos alimentícios será fiscalizado por câmara técnica





 

A proposta pretende dar segurança ao consumidor e também uma identificação e acompanhamento melhor do processo produtivo

Redação

Câmara técnica foi formada pelo Governo do Estado Amapá, nesta quarta-feira, 13.A medida objetiva tratar de ações coordenadas para controle de qualidade de produtos alimentícios. Produtores de proteínas, produtos extrativistas e de água mineral são os principais alvos da ação.

Dorinaldo Malafaia, superintendente da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), disse que a ação visa realizar ações educativas e preventivas com o setor produtivo do estado. Carnes, frangos, peixes, açaí, polpas de fruta e produção de água mineral receberão monitoramento de qualidade reforçado.

Além da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro), Instituto de Defesa do Consumidor (Procon), Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Setec) e Agência de Fomento do Amapá (Afap) formam a frente de trabalho.

“A meta é a integração dos setores de fiscalização e também de fomento do governo. Essa integração terá um diferencial, pois é uma fiscalização educativa. Estamos criando um mecanismo educativo que possa orientar vários ramos da produtividade para que tenham um produto final com maior qualidade”, destaca Dorinaldo Malafaia.

“Com essa proposta queremos dar segurança ao consumidor e também uma identificação e acompanhamento melhor do processo produtivo. Trabalhar em cima de oficinas, treinamentos, oferecendo boas práticas de produção e de treinamento para que ele passe a agregar essa informação no produto dele”, fala José Renato Ribeiro, diretor-presidente da Diagro.

O gestor da Diagro avalia que uma atuação conjunta entre os órgãos estaduais tem grande importância para a melhoria da qualidade dos produtos alimentícios que chegam ao consumidor. “Com isso, teremos a redução de algumas doenças que muitas vezes são decorrentes do processo alimentar por erro na manipulação dos alimentos”, conclui Ribeiro.

Além disso, com o trabalho que será desenvolvido, ganham o pequeno e o médio empresários, como também o consumidor final, que terá um produto garantido de qualidade.

Atenção nos alimentos

Neste período de festas juninas pelo Estado, também é preciso tomar cuidados com a alimentação. Algumas medidas podem ser adotadas por consumidores e vendedores ambulantes para evitar que o período festivo seja interrompido por contaminação oriunda deste tipo de alimento.Paulo Bezerra, gerente de Vigilância Sanitária Estadual de Alagoas, orienta os consumidores.

Pamonha - “Aquele contato do plástico com a massa muito quente pode desencadear, na maioria das vezes, substâncias tóxicas para o milho. O ideal é embalar a massa quente nas últimas palhas do milho, uma vez que elas estão mais limpas. E só”, recomendou.

Canjica - “Tanto a pamonha quanto a canjica devem ser acondicionadas na refrigeração. No entanto, ao sair da geladeira, o consumidor deve pedir para dar uma esquentada por, pelo menos, 5 a 10 minutos, numa temperatura de 60°C. Porque, afinal, elas também são um meio de cultura para o desenvolvimento de determinadas bactérias”, acrescentou o gerente da Vigilância Sanitária Estadual.

Maçã do amor - “O corante vermelho, junto ao açúcar caramelizado, não faz bem à saúde. Se, ao comprar a maçã do amor, o consumidor notar qualquer diferença na cor, a exemplo de uma camada esbranquiçada, ele não deve, em hipótese alguma, ingerir, porque o produto já está sendo deteriorado por fungos”, advertiu.

Espetos - “O melhor é pedir para assar os espetinhos na hora, porque ninguém sabe se eles podem ter sido sobras ou preparados no mesmo dia. A carne suína, por exemplo, deve ser sempre bem passada”

É importante, ainda, avaliar os locais de venda. “É preciso olhar se o profissional está usando touca, jaleco e, em alguns casos, luvas descartáveis. Se a pessoa que está manuseando o alimento é a mesma que está passando o troco, é melhor procurar outro estabelecimento”, aconselhou.