Cotidiano

Amapá carrega o menor número de adoção do País, aponta CNA





 

Justiça pretende facilitar o processo de adoção unindo informações de todo o Brasil. Na sexta-feira (25) foi celebrado o Dia Nacional da Adoção.

 

Encontrar um lar talvez não seja um tarefa muito fácil para crianças que moram em casas de acolhimento, muito menos para aqueles que têm interesse em adotar. Acontece que o processo para adoção de crianças e adolescentes é muito demorado. Há, também, por parte dos interessados em adotar a busca por um perfil “perfeito”, levando em consideração características físicas, idade e saúde, esses critérios dificultam ainda mais a adoção.

Atualmente, o Amapá tem 63 crianças e adolescentes esperando um novo lar e 219 pretendentes para adotar, segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), coordenado pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Nos últimos três anos, os dados apontam que o estado foi o que apresentou o menor índice de adoção. Em 2015 não houve registros, em 2016 foram 2 adoções e em 2017 foram 5 crianças a receberem um novo lar. Até o dia 10 de maio, não houve registros de adoção no Amapá, segundo o levantamento do CNA.

No Brasil há 8,7 mil crianças e adolescentes e 43,6 mil pretendente. Nos últimos dez anos, foram mais de 9 mil adoções realizadas no país. Este ano, até dia 10 de maio, foram 420 adoções em todo o Brasil. O estado que mais houve adoções foi o Paraná nos três anos seguidos.

Hoje no Amapá, os juizados infanto-juvenil estão presentes em todas as cidades pelas comarcas. É através dos juizados que oficializam os processos de adoção de crianças e adolescentes que estão sem a tutela dos pais biológicos.

Todo o processo de adoção pode levar um tempo, em média pode durar até três anos. Porém a Justiça justifica essa demora pelo fato de avaliar melhor se os interessados em adotarem estão preparados, assim como, para que a criança não corra o risco de ser encaminhada para um lar que não venha dar o que ela necessita para o seu desenvolvimento. Isso ocorre pelo fato de as crianças que moram em casas de acolhimento passaram por casos de abandono e negligência por parte dos pais e responsáveis legais.

A justiça também busca com que haja mais adoção de irmãos para uma mesma família, evitando que a criança sofra com a separação. Quando não é possível, a alternativa é fazer com que as famílias que adotaram os irmão permaneçam próximas, estabelecendo uma relação fraternal.

Para facilitar o processo de adoção, as varas de infância de todo o País passaram a trocar informações entre si, agilizando as adoções de crianças em outros estados. Esse processo utilizará o cadastro da CNA e permitirá aos pretendentes maior acesso de crianças em todo o território nacional.

Caminhada de Apoio à Adoção

No sábado, 26, ocorreu em Macapá a 5ª Caminhada de Apoio à Adoção, que surgiu em 2014 de uma necessidade de divulgar e incentivar a prática de adoção no estado. A iniciativa é do judiciário do Amapá junto com Sociedade Amapaense de Apoio à Adoção (SAAD).

.Da Redação