Economia

Amapá apresenta maior taxa de desemprego, aponta IBGE





 

Com 21,5%, índice foi o maior dentre as 27 unidades da federação. Dados são referentes ao primeiro trimestre de 2018.

 

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na quinta-feira (17), apontam que o Amapá possui a maior taxa de desemprego do país, com 21,5%. Segundo o levantamento, a taxa refere-se ao primeiro trimestre de 2018, que corresponde aos meses de janeiro, fevereiro e março.

Com base nos dados divulgados pelo instituto, o índice de desemprego no Amapá tem aumentado gradativamente. Se comparado com o trimestre anterior (outubro, novembro e dezembro), o estado teve um aumento de 2,7%. No mesmo período em 2017, o Amapá havia registrado uma taxa de 18,5% apontando um aumento de 3% aos dados atuais.

Em relação ao nível de ocupação, o estado apresentou uma queda de 1,5% se comparado com o trimestre anterior. Comparado com o mesmo período de 2017, a queda foi de 1,4%, mantendo-se assim equilibrado neste período.

Sobre a taxa de desocupação na força de trabalho, o Amapá também manteve-se equilibrado em relação ao trimestre anterior e o mesmo período de 2017, apresentando um crescimento de 0,2 e 0,5 respectivamente.

Além do Amapá, outras unidades federativas apontaram crescimento na taxa de emprego, entre elas: Bahia, com 17,9%; Pernambuco, com 17,7% e Alagoas, com 17,7%. As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (8,4%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (9,3%).

Os dados divulgados mostram que o desemprego é maior na região Nordeste, onde a taxa chega a 15,9% e mais fraco no Sul, que tem apenas 8,4% de sua força de trabalho sem emprego.

Em comparação com o quarto trimestre de 2017, houve um aumento de desemprego em todas as regiões, com maior intensidade no Nordeste, que teve alta de 2,1%.

Pessoas desalentas

O Brasil tinha 4,6 milhões de pessoas desalentadas no primeiro trimestre deste ano, o que equivale a uma taxa de desalento de 4,1% da força de trabalho ampliada. Tanto o contingente quanto a taxa registraram os recordes da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012.

Segundo o IBGE, 60,6% (2,8 milhões de pessoas) do contingente de desalentados são do Nordeste. Entre as unidades da federação, os maiores contingentes de desalentados estavam na Bahia (805 mil) e Maranhão (430 mil). Mesmo assim, Alagoas tinha a maior taxa de desalento (17,0%), enquanto o Rio de Janeiro e Santa Catarina, a menor (0,8%, ambos).

Na definição do IBGE, a população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho adequado, ou não tinha experiência ou qualificação, ou era considerado muito jovem ou idosa, ou não havia trabalho na localidade em que residia - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

Dessa forma, a população desalentada faz parte da força de trabalho potencial.

Redação; Com informações do IBGE