Política

Eleições 2018: Joaquim Barbosa diz que não será candidato a presidente





 

Ex-ministro do STF informou que decisão é estritamente pessoal. Joaquim Barbosa era visto pelas pesquisas como um dos candidatos mais fortes ao cargo de presidência.

 

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, declarou, na manhã de terça-feira (08), em sua conta pessoal no Twitter que não irá se candidatar ao cargo de presidente nas Eleições 2018. O ex-ministro é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e era apontado como um dos principais candidatos a disputar a presidência.

De acordo com sua publicação, a decisão de não concorrer à presidência é estritamente pessoal. Segundo ele, o assunto foi analisado por várias semanas.

Apesar de nunca ter disputado uma eleição antes, o ex-ministro ganhou notoriedade após o julgamento do mensalão no STF, em 2012. Em uma pesquisa realizada pela Datafolha, divulgada no dia 15 de abril, Joaquim Barbosa oscilava entre 9% e 10% das intenções de voto nos cenários em que era citado, variando entre a terceira e quarta posição.

Seu índice de intenção de voto teria crescido após prisão de Luiz Inácio Lula da Silva.  O anúncio feito pelo ex-ministro ocorreu menos de um mês após a primeira reunião pública dele com lideranças no PSB. Na ocasião, Joaquim Barbosa comemorou o resultado das pesquisas, no entanto, frisou que não estava convencido se deveria concorrer.

Apesar do ex-ministro não confirmar candidatura à presidência, o PSB já havia começado a montar uma estrutura de campanha, além de buscar partidos para compor a chapa presidencial.

De acordo com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a desistência de Joaquim Barbosa não ocorreu por resistências dentro do partido. O presidente frisou que o partido ainda não tem uma solução, mas ressaltou que busca alguém que represente o novo.

Em nota, o PSB informou que Joaquim Barbosa avisou o presidente da sigla sobre sua desistência em ser candidato.

Repercussão

Alguns pré-candidatos lamentaram a desistência de Joaquim Barbosa, frisando que ele era uma liderança forte e respeitada pelos demais. Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência do PSDB, disse que a decisão do ex-ministro é uma perda. “Nós precisamos de novas lideranças, de maior participação. Ele é um homem preparado, com serviço prestado ao Brasil. Mas é uma decisão dele, nem sei se é definitiva. Mas, se não for desta forma, prestará serviço ao Brasil de outra maneira. Tenho total respeito”, declarou.

Marina Silva, pré-candidata do partido Rede, lamentou decisão de Joaquim Barbosa. “Sempre tive respeito pelo processo de discernimento e pelo debate interno que o PSB está fazendo. Essa é a democracia. As pessoas escolhem, e essa é a melhor forma de contribuir”, concluiu.

Para Rodrigo Maia, presidente da Câmara e pré-candidato do DEM, a decisão de Barbosa já era esperado. Segundo o parlamentar, muitas pessoas ficaram ansiosas com a possível candidatura do ex-ministro.

O deputado Júlio Delgado, líder do PSB na Câmara, disse que não sentiu traição pela decisão de Joaquim Barbosa, mas ficou “chateado pelo Brasil”. “A gente que tem vida pública a família nem quer que a gente participe muito pela situação política do país. Imagina então quem está para entrar nessa agora, quem sempre teve uma vida, carreira mais privativa. Entendo isso. Ele sabe o que ia passar, como o preconceito sofrido. Ficou para o Brasil mais do mesmo. Ele era alguém que poderia modificar a situação”, ressaltou o parlamentar.

 Redação