A menos de 48 horas para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, o clima é de tensão na capital, Washington.
Alguns moradores de Washington param para agradecer o serviço dos militares. Muitos dormem há dias em camas improvisadas no Capitólio. E há dias a vida de quem mora na capital americana está tomada por ansiedade e caos.
"É muito assustador. Muito estranho ver tantos veículos da Guarda Nacional estacionados nas ruas", diz um morador.
Outra morada diz que a cidade está muito diferente e lembra que as pessoas estão tendo dificuldade para se deslocar por causa dos bloqueios.
A região central - onde fica a Casa Branca, o Congresso, os prédios federais e os monumentos - está fechada, sob segurança máxima.
Desde a invasão do Capitólio, Washington está sitiada. Além de cercas e veículos militares, 15 mil homens da Guarda Nacional estão sendo posicionados para tentar garantir uma transição pacífica de poder e outros dez mil soldados ainda devem chegar.
A Polícia Federal americana alertou sobre mais protestos e possível violência no dia da posse de Joe Biden. Por isso, está investigando até policiais e militares.
O Congresso chegou a ser fechado por causa de uma suposta ameaça à segurança. Mas foi alarme falso: um incêndio em um acampamento de sem-teto debaixo de um viaduto próximo. Foi suficiente para interromper o ensaio da posse.
No dia que celebra o líder do movimento pelos direitos civis Martin Luther King Jr., o presidente eleito, Joe Biden e familiares ajudaram a empacotar comida para distribuição em comunidades pobres.
A futura vice-presidente, Kamala Harris, também fez trabalho voluntário. Nesta segunda, ela renunciou ao cargo de senadora para, daqui a dois dias, se tornar a primeira mulher, a primeira negra e a primeira pessoa de ascendência asiática na vice-presidência:
“Temos um trabalho duro pela frente, mas estamos prontos”, disse ela.
Fonte: G1