Cotidiano

Governo Federal aumentou imposto sobre importação de cilindros dias antes do colapso em Manaus





Dias antes do colapso nos hospitais de Manaus por falta de oxigênio para os pacientes, o governo federal elevou o imposto de importação sobre os cilindros usados no armazenamento de gases medicinais.

Os produtos estavam isentos de tributação desde o início do ano passado, quando o Ministério da Economia lançou um pacote para facilitar o combate à pandemia da Covid-19. Agora, os cilindros voltaram a ser tributados, em resolução publicada pela Câmara de Comércio Exterior.

Como a maioria dos produtos vem do exterior, muitos importadores estão deixando de trazer os cilindros – afetando o armazenamento de oxigênio e outros gases. Uma fonte da BandNews FM afirma que o preço já estava alto por causa do dólar e, agora, o valor de um cilindro grande, que custava R$ 1.000,00, passou para algo em torno de R$ 1.600,00.

Segundo ele, que traria os produtos da China e tinha um contrato firmado em novembro, a importação ficou praticamente inviável. Atualmente, segundo fontes da BandNews FM, o Brasil tem dois fabricantes dos reservatórios e boa parte da produção é enviada para fora do país.

Em nota, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) afirma que, no que diz respeito às reduções tarifárias para auxiliar no combate à Covid-19, delibera com base nas recomendações do Ministério da Saúde, que não incluiu os cilindros de oxigênio em uma lista de itens essenciais para o combate à pandemia de covid-19. A tributação de importação vigente varia de 14 a 16% dependendo da capacidade do cilindro. 

Após a informação da BandNews FM, a Câmara de Comércio Exterior convocou uma reunião extraordinária para a tarde desta sexta que deve zerar o imposto de importação dos cilindros de oxigênio. O encontro especial foi convocado pelo secretário especial Roberto Fendt.

A expectativa é que o tributo seja zerado imediatamente após a reunião. A decisão depende da maioria dos votos dos 10 membros da Camex.

Fonte. UOL