Política

Bolsonaristas pedem exclusão da conta de jornalista do Twitter





Membros do governo e da base de Jair Bolsonaro pedem neste domingo (10) que o Twitter exclua a conta do jornalista Ricardo Noblat. Na madrugada de hoje, o repórter fez uma publicação dizendo que "se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo".

Se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo. Mas para que esperar pela derrota na eleição? Por que não fazer isso hoje, já, agora, neste momento? Para o bem do Brasil, nenhum minuto sem Bolsonaro será cedo demais.https://t.co/wJyqu7zUZK

— Blog do Noblat (@BlogdoNoblat) January 10, 2021

O post de Noblat é a reprodução de um trecho da coluna de Ruy Castro na Folha de S. Paulo, onde o escritor afirma, entre outras coisas, que "enquanto não entregar as chaves da Casa Branca no próximo dia 20, Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos em exercício, continua na posse de seus poderes".

Castro diz também que "Trump é hoje um perdedor ainda com o dedo no gatilho. Se quiser jogar uma bomba no Irã, dispõe dos códigos necessários. A esperança é que esteja tão deprimido que não reúna forças nem para se olhar ao espelho. Pois, se for o caso, Trump teria uma saída capaz de fazer dele um herói, um mártir, um ícone eterno para seus seguidores idiotizados. Matar-se".

Noblat se manifestou pelo Twitter:

Donald Trump foi banido do Twitter na semana passada depois que seus apoiadores invadiram o Congresso americano. "Após uma análise cuidadosa dos tweets recentes do @realDonaldTrump e o contexto deles, suspendemos permanentemente a conta devido ao risco de mais incitamento à violência", publicou a empresa.

Bolsonaristas e membros do governo brasileiro se manifestaram contra a publicação de Noblat e disseram que se a rede social não excluir sua conta, serão "dois pesos e duas medidas". Também criticaram a imprensa e o Supremo Tribunal Federal.

Veja algumas das manifestações:

Após a exclusão da conta de Donald Trump do Twitter, apoiadores brasileiros do presidente americano trocaram suas fotos de perfil por imagens de Trump. Mais cedo, Google, Apple e Amazon suspenderam a hospedagem e as lojas virtuais da rede social Parler. O microblog oferece um serviço parecido com o do Twitter, mas sem a mesma moderação.

O Parler é amplamente utilizado por apoiadores extremistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No Brasil, seguidores bolsonaristas, deputados da base aliada de Jair Bolsonaro e o próprio presidente e seus filhos são usuários da rede social.

Fonte: Congresso em foco