Candidato a presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) afirmou nesta sexta-feira (8) que a sua proposta é dialogar com todos os grupos políticos.
Questionado sobre o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Lira disse em entrevista à CNN não rejeitar adesão de ninguém.
"O diferencial da nossa campanha é que nós temos contato direto com os deputados, independente de partido e independente de tendência, de centro, de direita ou de esquerda. Eu não rejeito apoio de ninguém, nem de nenhum partido", disse o deputado.
Arthur Lira foi entrevistado pela âncora da CNN Carla Vilhena e pelos colunistas Caio Junqueira, Fernando Molica e Thaís Arbex.
A fala do deputado Arthur Lira acontece em um momento em que os partidos de esquerda se aproximam da candidatura do seu adversário, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), aliado do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ).
Uma das apostas da campanha de Lira é a de defecções na base de apoio do candidato do MDB. Partidos como o PT, que apoiam Baleia Rossi, se apresentam rachados. Dos 51 deputados petistas, apenas 28 votaram em favor do apoio ao candidato de Maia.
Arthur Lira fez críticas a Baleia Rossi e Rodrigo Maia. O discurso do deputado do PP é de que o atual presidente da Câmara dirige a Casa com "centralismo", definindo a pauta dos debates entre os parlamentares. A promessa de Lira é ir em outro caminho caso seja eleito.
"A pauta não é do presidente e a Câmara não tem dono", criticou. "Não cabe a mim nem ao atual presidente definir a pauta do Brasil", prosseguiu.
"A Câmara vai voltar a ter previsibilidade, o deputado vai voltar a ter voz e nós vamos respeitar as proporcionalidades da Casa", disse Arthur Lira.
Segundo ele, a intenção é que a Câmara tenha uma "agenda" pré-definida dos temas a serem votados.
O candidato a presidente da Câmara afirmou que a prioridade será a PEC emergencial, para poder criar um novo programa social. Ele voltou a criticar a defesa de Rossi, que propôs a convocação de uma sessão emergencial para analisar temas a respeito da Covid-19, em especial a prorrogação do auxílio emergencial.
"No sentido restrito de tudo que o patrocinador da campanha do deputado Baleia pregou de responsabilidade de teto de gastos, eu pergunto de onde viriam os recursos para o alargamento do auxílio emergencial ou o aumento da renda do Bolsa Família", afirmou o deputado.
Fonte: CNN Brasil