O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a fala de Jair Bolsonaro ao afirmar que o Brasil quebrou e que ele não consegue fazer mais nada. "Um absurdo, algo muito grave", disse o parlamentar ao UOL.
Mais cedo, Bolsonaro transferiu para a mídia a responsabilidade pela crise provocada pela covid-19, que matou quase 200 mil brasileiros. "Chefe, o Brasil está quebrado, e eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, teve esse vírus, potencializado por essa mídia que nós temos. Essa mídia sem caráter. É um trabalho incessante de tentar desgastar para tirar a gente daqui e atender interesses escusos da mídia", afirmou para um grupo de apoiadores na parte externa do Palácio da Alvorada.
Rodrigo Maia disse também que com apoio do senador Renan Calheiros(MDB-AL) propôs não haver recesso em janeiro para discutir pautas econômicas. "Agora a gente está vendo que o governo preferiu parar os trabalhos no Congresso e falar essa coisa mais absurda: com o poder que tem, com a responsabilidade que um presidente tem, dizer que nada pode ser feito. É muito grave", disse Rodrigo Maia ao UOL.
Levantamento do Painel do Poder, serviço de pesquisa do Congresso em Foco, revela que aumentaram as chances de aprovação das reformas pelos próximos seis meses, na avaliação dos líderes da Câmara e do Senado. Entre elas, a que aparece com melhores perspectivas é a que reformula o sistema tributário brasileiro.
Além de Maia, outros políticos da opoisção também repercutiram a declaração do presidente.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que Bolsonaro "não tem plano para sair da crise, não tem combate à pandemia, não tem vacina, nem emprego, nem auxílio emergencial. E agora, finalmente o presidente assumiu, não há governo, não há presidente! O povo brasileiro não merece esse descaso!"
Fonte: Congresso em foco