Política

Após Brasil reconhecer Biden, Itamaraty avalia reconstrução de pontes com os EUA





Passado o reconhecimento pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) da vitória de Joe Biden nas eleições americanas, o Itamaraty já avalia como iniciar a reconstrução do relacionamento com os Estados Unidos. O ministro Ernesto Araújo tem falado a diplomatas sobre a necessidade de uma recomposição com o país. 

A diplomacia brasileira, porém, divide-se quanto ao grau de dificuldade dessa tarefa. Boa parte avalia que não será fácil basicamente por dois motivos: o fato de o país ter sido o último no mundo democrático a fazer esse reconhecimento e, além disso, a diferença nas agendas de Biden e Bolsonaro.

Mas não só isso. Gestos recentes do presidente Jair Bolsonaro também não caíram bem no entorno de Biden. Um deles foi a troca de afagos dele com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no encontro da cúpula dos Brics. Segundo informações que chegaram ao Itamaraty, o novo governo americano tem muito mais restrições aos russos do que aos chineses, como Donald Trump tinha. 

Outra parte, porém, considera que o Brasil parte de uma posição de força e não de fraqueza, pois há interesses mútuos e contínuos quanto a situação geopolítica atual que acabam por criar convergências para os dois países que superam questões políticas mais pontuais. 

Dizem ainda que o ministro Ernesto Araújo teve vários encontros com Biden quando ele era chefe da embaixada americana em um momento que Biden estava numa posição delicada após a espionagem dos americanos sobre, inclusive, a então presidente Dilma Rousseff (PT).

 

A tarefa, agora, do Itamaraty é tentar viabilizar algum contato entre as duas diplomacias, a de Bolsonaro e a de Biden, para depois tentar viabilizar algum contato telefônico entre os dois presidentes.

Fonte: CNN Brasil