Economia

Em 2017, AP solicitou menos empréstimos e aumentou seus subsídios financeiros






 

O estado do Amapá conseguiu reduzir o número de suas participações de crédito em seus investimentos, e ainda elevou seus aportes através de medidas próprias no ano passado. Além dele, apenas o Espírito Santo realizou o mesmo feito. A informação foi divulgada no site Diário Comércio Indústria & Serviços (DCI), na última quinta-feira (29).

Em entrevista ao site, Antônio Teles Junior, secretário de Estado do Planejamento do governo do Amapá, informou que a participação do estado em seus investimentos através de recursos próprios saiu dos 10% e chegou aos 40% de participação, entre os anos de 2015 e 2017. “Nós elevamos a participação do recurso do Tesouro Estadual na composição do investimento para controlar o crescimento da nossa dívida, que estava muito acelerado”, afirma o secretário.

Segundo o secretário, as maiores dívidas do estado iniciaram em 2012, quando o Amapá solicitou empréstimos da Caixa Econômica Federal e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para a federalização da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Hoje, a dívida é de aproximadamente R$ 4,5 bilhões. Para controlar esse débito, a gestão passou a evitar operações de crédito.

Somada à recessão econômica estadual, a federalização da CEA acabou por diminuir a arrecadação do estado com Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS), saindo de R$ 1 bilhão em 2014, para R$ 700 milhões em 2017. Ainda assim, comparada ao ano de 2016, a arrecadação cresceu 4,5% acima da inflação.

Além disso, um corte de R$ 5 milhões em despesas no ano de 2015 foi realizado, o que possibilitou investimentos do Estado com recursos próprios. A média anual da folha de pagamento também foi reduzida, de 14% para 5%, durante o mesmo período. A elevação da participação em investimentos do Amapá foi alcançada através de restruturação de carreiras, mudanças na concessão de reajustes e transposição de servidores do quatro estadual para o federal.

Para 2018, a expectativa é de que a receita do estado e os investimentos com recursos próprios continuem crescendo. Segundo Teles Junior, já no primeiro bimestre desse ano, a arrecadação do Estado com o ICMS cresceu 10%, em termos nominais, em relação ao ano de 2017.

Redação