O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou nesta quarta-feira (18) que o novo apagão que atingiu o Amapá na noite de terça (17) pode ter ocorrido no momento da "energização" de uma linha de transmissão.
Entretanto a energização, que é o momento em que começa a passar eletricidade por uma linha, não teria sido, a princípio, a causa do desligamento.
A causa do novo apagão ainda está sendo investigad
Em nota, o ONS informa que a energização da linha Santa Rita - Equatorial pode ter levado a uma sequência de desligamentos de um transformador da subestação Macapá e da hidrelétrica Coaracy Nunes, o que gerou o apagão
O Operador Nacional do Sistema informa ainda no documento que a normalização do fornecimento ocorreu na madrugada desta quarta, à 1h04.
Essa normalização, entretanto, não significa o fim das restrições elétricas no estado. Em nota divulgada também nesta quarta, o Ministério de Minas e Energia informou que o fornecimento de energia no Amapá "se encontra no patamar de 80% de sua capacidade, mesmo cenário apresentado antes da ocorrência", ou seja, antes desse segundo apagão.
De acordo com o ONS, a falha no fornecimento ocorreu a partir das 20h27 de terça e a demora no restabelecimento se deveu "a uma sequência de eventos."
"O ONS identificou que os desligamentos podem ter sido causados no momento da energização da linha de transmissão Santa Rita - Equatorial, em 69 KV. A linha está sendo mantida desligada até avaliação a ser realizada pela CEA, distribuidora local. O ONS continua acompanhando a situação no Estado", finaliza a nota.
A população do Amapá convive com as dificuldades no fornecimento de energia desde o dia 3 de novembro, quando um incêndio em uma subestação levou ao primeiro apagão que atingiu 13 das 16 cidades do estado.
No dia 8 de novembro, começou a operar no Amapá um sistema de rodízio, em que cada parte do estado tinha acesso à eletricidade durante algumas horas do dia. Na semana passada o governo federal anunciou ajuda para aluguel de geradores que reforçariam o fornecimento de energia até a solução do problema.
Com a crise, a capital do estado e cidades do interior têm registrado protestos. Além disso, o problema levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a adiar as eleições municipais em Macapá.
A precariedade no fornecimento de energia ainda atinge cerca de 90% da população do Amapá.
Fonte: G1