Política

Flávio Bolsonaro vai à Fernando de Noronha no feriado, pago pelo Senado





O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) está passando o feriado de Finados no arquipélago de Fernando de Noronha, com passagens pagas pelo Senado Federal. O parlamentar – que não divulgou sua viagem às ilhas no litoral pernambucano – passará o final de semana junto a outros membros do gabinete de Bolsonaro que, sem agenda oficial, também resolveram esticar sua estadia pelas ilhas.

O caso foi revelado pelo site "Metrópoles", e confirmado pelo Congresso em Foco. O Senado Federal recebeu o pedido de reembolso de quatro passagens ainda em 13 de outubro, todas em nome do senador. Os bilhetes, emitidos pela Azul, seriam para os trechos Brasília-Recife e Recife-Fernando de Noronha, com a ida ocorrendo nesta quinta-feira (29) e volta na terça-feira (3). O total das passagens, aponta o Senado Federal, é de R$ 1.361,19.

Flávio Bolsonaro não anunciou sua viagem em suas redes sociais – o que aumentam as suspeita de que sua viagem, paga com dinheiro público, não tenha sido para uma agenda política específica. Por conta da sua distância do continente e difícil acesso a recursos, a ilha teve um dos mais restritos lockdowns do país, sendo reaberta para turismo apenas no dia 10 de outubro. Três dias depois, o Senado recebeu o pedido de reembolso.

Segundo o gabinete do senador, houve um "equívoco"na inclusão das passagens na cota parlamentar. "As passagens foram pagas pelo próprio senador, mas a equipe, por engano, pediu reembolso. Ele já fez a solicitação para cancelar o reembolso e para também cancelar os pedidos de diárias", afirmou o gabinete do senador, em nota à imprensa.

Na ilha, Flávio Bolsonaro estará próximo de Ricardo Salles, o ministro do Meio Ambiente, que decidiu esticar sua estadia na ilha até amanhã, 1º de novembro. Salles viajou à ilha na quarta-feira (28) na companhia de outros membros do Executivo federal, como o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e o secretário de pesca, Jorge Seif.

Lá, além da assinatura de acordos como a concessão de equipamentos para a iniciativa privada, Ricardo Salles teve de lidar com problemas virtuais – o ministro já estava na ilha quando uma mensagem em seu Twitter associava o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao personagem "Nhonho", do seriado mexicano Chaves. Apesar de apagar sua conta na sexta-feira (30) e afirmar que seu perfil havia sido invadido, Salles não voltou à Brasília, ou tocou no assunto novamente.

Fonte: Congresso em foco