“Para mim o cardinalato será outro modo de estar perto do Papa e apoiá-lo com a oração e a Palavra”. O pregador da Casa Pontifícia, o religioso capuchinho padre frei Raniero Cantalamessa, comenta assim sua nomeação cardinalícia anunciada pelo Papa Francisco para o próximo Consistório de 28 de novembro, no qual serão criados 13 novos cardeais.
“É dispensável dizer que foi uma surpresa porque se sabe que este é o modo do Papa Francisco de fazer os cardeais”, observa inicialmente o religioso franciscano que é o pregador da Casa Pontifícia desde 1980:
“Vejo a nomeação como um reconhecimento da importância da Palavra de Deus, mais do que de minha própria pessoa, vez que meu serviço à Igreja tem sido – e, por expresso desejo do Santo Padre, continuará sendo – quase apenas o de proclamar a Palavra, a partir da Casa Pontifícia.”
“Entre as muitas mensagens que estou recebendo da Itália e do mundo – conta padre frei Cantalamessa –, as que mais me emocionam e me alegram são as dos pastores e líderes de outras denominações cristãs e de alguns amigos judeus, porque nestes anos o Senhor colocou em meu coração um grande amor - totalmente correspondido - pela unidade dos cristãos e pelo diálogo entre as religiões.”
“Um pastor evangélico me escreveu que era como se o Papa tivesse feito de um deles um cardeal!” “O Papa Francisco fala frequentemente em abater os muros e construir pontes”, recorda o futuro cardeal:
“O Espírito Santo concedeu-me o dom de poder trazer algumas pequenas pedras para a construção de pontes entre os cristãos, seguindo o exemplo do construtor de pontes num alcance muito mais amplo que é o nosso Papa”.
“Sou grato ao presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), o querido cardeal Gualtiero Bassetti, pela satisfação expressa pelos seis novos cardeais italianos, alguns dos quais são 'efetivos' (com obrigações ligadas à honra!), outros como eu, apenas 'honorários'”, conclui o padre capuchinho frei Cantalamessa.
(com Sir)
Fonte: Vatican News