O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse nesta quinta-feira (15) que o governo federal não descarta "nenhuma possibilidade" em relação às vacinas em teste contra o novo coronavírus.
A declaração ocorre um dia após o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, criticar o governo federal por não ter liberado verba para a compra da vacina CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Gorinchteyn afirma que São Paulo já garantiu 61 milhões de doses, mas que a ampliação do lote será "inviável" sem recurso federal.
O secretário-executivo ressaltou que o governo federal já fechou a compra de doses que devem ser produzidas pela AstraZeneca/Universidade de Oxford e aderiu à iniciativa Covax. Somadas, as duas fontes devem ser responsáveis por 140 milhões de doses no primeiro semestre.
Além disso, Élcio Franco afirmou que o governo acompanha outras vacinas em desenvolvimento, avaliando itens como segurança, eficácia, conclusão dos estudos, produção em escala e preço acessível.
"É uma grande possibilidade trabalharmos com várias vacinas simultaneamente", disse Franco.
Durante a apresentação de ações de enfrentamento da pandemia nesta quinta, o Ministério da Saúde não falou sobre o repasse de recursos para o governo de São Paulo.