Ciência

Testes com vacina de Covid-19 da Johnson & Johnson's são pausados após doença de participante





Segundo empresa, doença inexplicada de participante de testes da terceira fase está sendo estudada e analisada por conselho de monitoramento de dados e segurança independente. Segundo a Anvisa, vacina Ad26.COV2.S teria 7 mil participantes de testes no Brasil.

Johnson & Johnson anuncia a suspensão dos testes da vacina contra a Covid 

O estudo com a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Johnson & Johnson’s foi pausado devido a uma doença inexplicada em um participante, informou a companhia nesta segunda-feira (12). 

Segundo um documento enviado a pesquisadores externos que executam o ensaio clínico com 60 mil pacientes, uma “pausa regulamentar” será cumprida. O sistema online usado para inscrever pacientes no estudo foi fechado e o conselho de monitoramento de dados e segurança - um órgão independente que zela pela segurança dos pacientes no ensaio clínico - foi convocado. 

Em comunicado oficial, a Johnson & Johnson’s ressalta que “eventos adversos - doenças, acidentes etc - mesmo aqueles graves, são uma parte esperada de qualquer estudo clínico, especialmente grandes estudos” e que a doença do paciente está sendo “analisada e avaliada pelo Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados independente ENSEMBLE (DSMB), bem como por nossos médicos clínicos e de segurança internos”. 

A empresa diz ainda que a privacidade do paciente deve ser respeitada e que, como ainda está aprendendo mais sobre a doença deste participante, é importante ter todos os fatos antes de compartilhar informações adicionais. 

A imunização, cujo nome oficial é Ad26.COV2.S, foi desenvolvida pela farmacêutica Janssen Pharmaceuticals, que pertence ao grupo J&J. A imunização foi a quarta a obter autorização de testes de fase 3 no Brasil, em agosto. Em setembro, a empresa anunciou que começaria a terceira etapa em todo o mundo, com 60 mil voluntários. No Brasil, segundo a Anvisa, haverá 7 mil participantes. 

Em 29 de setembro, resultados preliminares e parciais apontaram que a vacina era segura e induzia resposta imune mesmo após uma única aplicação. 

Os resultados eram referentes a uma parte dos participantes das fases 1 e 2, que foram conduzidas de forma conjunta. Eles ainda não foram revisados por outros cientistas – requisito necessário para publicação em revista científica – mas tinham sido disponibilizados em um repositório on-line

 
Fonte: G1