A ameaça de Joe Biden de impor sanções econômicas ao Brasil por causa do desmatamento e das queimadas florestais repercutiu entre parlamentares e autoridades.
O democrata anunciou que, se eleito presidente dos Estados Unidos, pode contribuir com até US$ 20 bilhões (ou R$ 112,6 bilhões) no combate às queimadas – este dinheiro, disse, seria enviado em cooperação com outras nações.
"Parem de destruir a floresta. E, se vocês não pararem, irão enfrentar consequências econômicas significativas" disse Biden, durante o primeiro debate presidencial contra o presidente republicano Donald Trump, realizado ontem à noite.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ironizou a fala de Biden. "É por ano?" disse ele em relação aos US$ 20 bilhões mencionados pelo candidato.
O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), respondeu Ricardo Salles questionando se o ministro investiria o dinheiro ou "não gastaria nem 1%, como fez com o orçamento destinado à preservação?".
O recente nomeado secretário de Segurança Multidimensional da Organização de Estados Americanos (OEA), Arthur Weintraub incluiu a situação da Venezuela no debate sobre a fala de Biden.
O deputado Pedro Lupion (DEM-PR) endossou a fala de um apoiador do governo Bolsonaro. "gosta dar pitaco no quintal do vizinho, mas esquece do seu", disse.
General Girão (PSL-RN) repudiou a fala de Biden e disse que "não é de hoje" que os EUA "demonstram interesse em criar uma soberania relativa do Brasil para com a Amazônia".
Fonte: Congresso em foco