Cultura

O Papa: a humanidade, hoje mais do que nunca, tem necessidade





O Papa escreve ao Comitê "Nazarat" que, nos últimos dez anos, após a expulsão dos cristãos da Planície de Nínive, no Iraque, pelo Isis, vem promovendo a oração do Rosário no dia 20 de agosto de cada mês por todos os perseguidos no mundo, cristãos e não cristãos. Mensagens também de Ignatius Youssef III Younan, patriarca de Antioquia dos Sírios, e do pároco da comunidade latina de Aleppo, na Síria.

O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta sexta-feira (16/08), ao "Comitê Nazarat para os Cristãos Perseguidos" por ocasião dos "Dez anos de rosários na praça de Rimini" pela paz no mundo.

Trata-se de uma iniciativa de oração que, desde 2014, se realiza no dia 20 de cada mês na cidade italiana de Rimini e em outras cidades. No dia 20 de agosto, também estará presente o bispo de Rimini, dom Nicolò Anselmi.

A iniciativa nasceu em agosto de 2014, após a expulsão dos cristãos da Planície de Nínive, no Iraque, pelo Isis (Estado Islâmico), ocorrida entre 6 e 7 de agosto daquele ano. O evento é chamado de "Apelo ao Humano", porque a oração é por todos os perseguidos, cristãos e não-cristãos, pois está em jogo o ser humano.

Nestes dez anos, a iniciativa Nazarat de Rimini recolheu milhares de euros em ajuda para apoiar centenas de famílias vulneráveis, especialmente na Síria e no Iraque.

No texto enviado ao coordenador do Comitê Nazarat para os Cristãos Perseguidos, Marco Ferrini, o Papa ressalta que foi informado, através de uma carta a ele enviada, sobre as iniciativas de sensibilização realizadas pelo Comitê Nazarat para os Cristãos Perseguidos que deu uma atenção particular "aos muitos irmãos e irmãs que vivem em terras afetadas por terríveis conflitos". O senhor quis "partilhar comigo a alegria vivida durantes estes dez anos, desde o nascimento da proposta de oração mariana promovida por vocês em muitas cidades do mundo".

Francisco agradece "pelo testemunho de caridade amável, de proximidade e sobretudo de união à dor das populações feridas pela injustiça, pela opressão, pelo ódio e pela ganância. Toda a humanidade, hoje mais do que nunca, tem necessidade da Boa Nova da paz, e cada cristão é chamado a anunciá-la e partilhá-la". "Por isso, espero que todos aqueles que participam dos momentos de oração, com os corações ardentes e cheios do Espírito, continuem sendo promotores de uma cultura de respeito por todos, de acolhimento e de uma fraternidade inclusiva, onde todos possam saborear o pão da comunhão e a alegria da solidariedade".

O Papa os exorta a "invocar a ajuda da Virgem Maria, Mãe do Socorro, para que ela nos acolha sob seu manto e nos sustente em nossa hora de provação. Que ela acenda a luz da esperança em nossas almas para que possamos ousar por um futuro de serenidade e harmonia".

Com estes sentimentos, Francisco conclui sua mensagem enviando sua bênção, extensiva aos membros do Comitê e a quantos participarão da feliz ocasião, pedindo-lhes que continuem rezando por ele.

Fonte: Vatican News